O limite nosso de cada um

Eduardo de Ávila Por mais que os tempos deixem a gente mais sereno e menos exigente, a repetição de situações de desconforto emoldura nosso entorno. Falo por mim e pela observação de fatos que se repetem e me são confidenciados por pessoas amigas. Nos tempos recentes, essa divisão de bem e do mal feita à revelia pelo modus operandi de cada pessoa ou grupo, afastou … Continuar lendo O limite nosso de cada um

Os Olhos Claros de João

Parte IIRosangela Maluf Era tão bom conversar com ele. João tinha um jeito diferente e, quando me chamava de Dona Heluisa, eu não conseguia conter o riso. A gente conversava sobre tudo e eu aprendia muito com ele. Nunca tocava no nome da mulher nem dos filhos. Também nunca perguntei, nem me interessava saber. Uma única vez, ele me apresentou Romeo, filho mais velho que … Continuar lendo Os Olhos Claros de João

Partida - Fonte: Arquivo pessoal

Partida

Ela estava despedaçada. Partida. O peso e as vicissitudes do viver a partiram. Faltava um pedaço que foi arrancado. Na verdade, faltavam também peças, parafusos, palavras. Ela costumava seguir firme, de cabeça erguida, ereta, inteira. De repente, não é mais possível se inteirar. Não está cabisbaixa porque não há mais cabeça. Agora, já não há mais certezas. Agora lhe restam apenas os fragmentos possíveis de … Continuar lendo Partida

Teimosia é também negacionismo

Eduardo de Ávila Somos, quase todos, eméritos e assanhados julgadores de atitudes daqueles com os quais temos profunda divergência. E a expressão negacionista ganhou dimensão e visibilidade nos tempos recentes de divisão da sociedade brasileira. Diria mais, não sem razão, pois observar gente adorando pneu, apontando celular para o céu pedindo ajuda de ETs e se negando a vacinar pra seguir a cabeça dura de … Continuar lendo Teimosia é também negacionismo

Os Olhos Claros de João

Parte I Rosangela Maluf Nem sei mesmo porque me lembrei do João! Não falei nele, não vi nada que me fizesse recordá-lo. Faz tempo que não sonho com ele. Não remexi minha caixa de cartas e muito menos revi suas fotos, escondidas e bem guardadas, já bastante amareladas pelo tempo. – Estou sozinha em casa, dou uma espiada nos jornais. Tento ler um pouco antes … Continuar lendo Os Olhos Claros de João

“Não quero ter razão, quero é ser feliz”

Eduardo de Ávila Muito antes de Ferreira Goulart lançar essa pérola para a humanidade, confesso que inconscientemente já aplicava essa regra. Sou reativo, nunca neguei e seguirei assim, mas como bom mineiro “dou um boi para não entrar numa briga e depois uma boiada para não sair”. Digo isso para entrar em considerações que havia internamente me comprometido por abandonar. Antes, porém, uma curta justificativa … Continuar lendo “Não quero ter razão, quero é ser feliz”

Resiliente e resistente

Um encontro casual com uma prima querida no Pátio Savassi rendeu uma tarde repleta de boas conversas e reflexões. Falamos sobre o jeito que encaro provocações e como aprendi a reagir ao longo da vida, sem carregar mágoas e com o coração leve. Entre histórias e lembranças, reforçamos a importância de estar ao lado de quem nos acrescenta e valoriza nossa trajetória. Que a vida siga leve, sempre com o coração aberto e com a paixão pelo Galo pulsando forte! Continuar lendo Resiliente e resistente

Amor Frankenstein - Fonte: Pixaba

Amor Frankenstein

Daniela Piroli Cabral danielapirolicabral@gmail.com A realidade da prática clínica é irrefutável: a demanda para psicoterapia é mesmo uma demanda de amor. Arriscaria dizer que entre sessenta e setenta por cento da queixa inicial trazidas pelas pessoas são relativas aos assuntos do coração.  Elas procuram o suporte psicológico provocadas ou incomodadas com algum conflito do campo relacional/afetivo. Amores platônicos, amores não correspondidos, desilusões e frustrações amorosas, … Continuar lendo Amor Frankenstein

A desprezível e conveniente (i)moralidade

Eduardo de Ávila O conceito de moral tem se valido de interesses pessoais e/ou de grupos em conformidade com a camisa que o ator esteja trajando. Vivemos, nunca imaginei, um momento tão triste e medonho que é difícil fazer qualquer projeção otimista sobre o futuro da humanidade. Ganância e arrogância tomaram o espaço da empatia e da boa convivência. São muitos os fatores que provocaram … Continuar lendo A desprezível e conveniente (i)moralidade

Resistindo com divertida dificuldade

Eduardo de Ávila Os tempos modernos exigem uma adaptação de quem já dobrou o espigão e vive aqui graças aos avanços da medicina e pesquisas científicas que nos possibilitam viver mais que nossas gerações familiares anteriores. E nesse mundo onde até bens de consumo estão se tornando descartáveis, tento me (amos nos) ajustar. Quem da minha geração aceita com facilidade o uso de cartões bancários … Continuar lendo Resistindo com divertida dificuldade