Fênix

Peter Rossi Na minha última crônica, falei sobre o Marquinho, morador de rua, fui traído por informação tida como verdadeira por todos, mas que depois, felizmente, foi desmentida. Algum incauto “matou” o Marquinho, sabe-se lá por qual motivo, além de querer estarrecer a todos nós que, de uma forma ou de outra, convivemos com ele. Mas o fato é que Marquinho está vivo, firme e … Continuar lendo Fênix

Uma esquina vazia

Peter Rossi Acabei de receber a notícia que o Marquinho, morador de rua, que ficava na esquina da Rua Alvarenga Peixoto com Rua São Paulo, faleceu essa madrugada. Foi espancado ontem. Ninguém dá notícia de quem fez essa atrocidade. Até o presente momento, nenhuma das câmeras espiãs deu notícia de nada. Veio a polícia e ele foi internado no hospital. De lá não saiu, os … Continuar lendo Uma esquina vazia

A tal inteligência artificial

Peter Rossi Muito se tem falado sobre a tal inteligência artificial. Nós, mais rodados, ficamos a princípio com medo: medo de que a máquina substitua o homem — realidade já existente, ainda que de forma parcial; medo de que a máquina adquira vontade própria e, como nos antigos filmes de ficção científica, acabem destruindo umas às outras e de resto todo o mundo. Por outro … Continuar lendo A tal inteligência artificial

Recolhimento

Peter Rossi Diante da ameaça de nova mudança de rumos pelas quais estamos sujeitos a passar, dessa vez por causa da dengue, mergulhei nos sentimentos vividos por todos nós nos últimos anos. À minha direita uma janela fechada. Ouço através dos seus vidros, o barulho de uma chuva insistente. Isolado de frente ao computador, fico pensando no que resultou todo esse recolhimento a que fomos … Continuar lendo Recolhimento

As horas, o relógio

Peter Rossi   Quando somos crianças um dos momentos mais felizes é quando descobrimos como “olhar” as horas. Era mágica essa ocasião. Às vezes, meninos, usávamos os relógios só para ornar nossos bracinhos, mas não tínhamos a mínima noção do que estavam a marcar. Até que chega um dia que nossas mães pegam um prato de bolo, daqueles de festa, feito de papel, e no … Continuar lendo As horas, o relógio

Teatro dos sonhos

Peter Rossi   A infância de qualquer menino em Nova Lima teve momentos em que encenada na escuridão de uma sala de cinema, na verdade uma sala de espetáculos das mais belas. Uma arquitetura ainda mantida – coisa das mais raras hoje em dia – na esquina de uma igreja das mais belas. O Teatro Municipal, esse prédio imponente em que a função virou nome. … Continuar lendo Teatro dos sonhos

O aniversário em dezembro

Peter Rossi Marta cuidava da limpeza do escritório. Sem nenhum motivo especial nutri e ainda nutro por ela grande simpatia. Costumava, toda vez que chegava ao trabalho, declamar inúmeros sobrenomes para a Marta, transformando-a numa rainha de um reino distante. Ela se divertia com tudo isso e, vez ou outra, me lembrava que os sobrenomes do dia eram inéditos. – Esse o senhor nunca falou … Continuar lendo O aniversário em dezembro

A filha do feirante

Peter Rossi   Em uma das minhas incontáveis incursões em restaurantes ao redor do trabalho, na hora do almoço, me deparei com mais uma situação muito divertida. Com o computador em frente ao rosto, estava revisando um livro a ser lançado em breve. De repente, ouvi uma voz extremamente fina, que chegava ao fundo dos ouvidos, como uma lança, a perfurar meu tímpano. Levantei o … Continuar lendo A filha do feirante

O jogo de War

Essa é uma história muito antiga, mas vale a pena ser contada. Quando criança, e lá se vão longos pares de anos, foi lançado um jogo de tabuleiro. Seu nome: War! O objetivo era justamente alcançar objetivos – conquistar territórios ou continentes e destruir seu melhor amigo, que naquele momento, era seu ferrenho adversário. Sempre tive dúvidas se esse era um objetivo válido a ser … Continuar lendo O jogo de War