Razões para seguir na resistência

Eduardo de Ávila Ao contrário do anedotário, que utiliza a frase atribuída aos anarquistas, fazemos oposição ao governo federal por razões óbvias. Diz uma das versões: “Hay gobierno? Se hay soy contra. Se no hay también soy”! Vale dizer: “Existe governo? Estou contra. Também se não há eu sou”! No nosso caso, existe um lamentável governo e que – lamentavelmente – não existe. O duplo … Continuar lendo Razões para seguir na resistência

Quarenta

Tais Civitarese Ontem, fiz quarenta.Ainda é estranha a sensação.Dos trinta aos trinta e nove, foi tudo parecido.Uma juventude tardia. Um leve ar de maturidade encobrindo medos adolescentes.Agora, é diferente.Quarenta anos parecem tanto tempo!Onde foi que passei toda essa vida?Quantas saudades carrego? Quantas rugas de riso? E os sonhos?Às vezes, e não são poucas, ainda me sinto com sete anos.Noutras, com quinze, dezesseis.Dos pensamentos e sensações … Continuar lendo Quarenta

O gigante da terra: o homem e seus amores

Sandra Belchiolinasandra@arteyvida.com.br Escrevi sobre animais nas duas semanas que se passaram. Os temas que na sequência foram: os gigantes do mar – a baleia, os gigantes do ar – o albatroz; pensei para essa semana – o gigante da terra. Não será o tamanho físico que determinará o terrestre, mas algo especial. Falarei do homem e suas gigantes invenções. Melhor, falarei da gigante invenção que … Continuar lendo O gigante da terra: o homem e seus amores

Covid em 3 atos

Guilherme Scarpelliniscarpellini.gui@gmail.com Primeiro ato. O rapaz atrás do balcão pesa o saco de pão, e o cliente vai embora. Outro saco de pão e, depois, mais outro. Até que todos os clientes vão embora — exceto eu, que resisto indeciso em frente à vitrine de pães: rosquinhas açucaradas, brioches salpicados por fios de ovos ou croissant de queijo com goiabada? Nada disso. Quero mesmo é … Continuar lendo Covid em 3 atos

Sonhando‌ ‌o‌ ‌mundo‌ ‌pós-pandemia‌

Daniela Mata Machado “O sonho que se sonha só é só um sonho. Mas o sonho que se sonha junto torna-​se realidade.”(Dom Hélder Câmara) Na semana passada, uma amiga querida perdeu seu irmão. Tinha 35 anos apenas. Nenhuma comorbidade. Mas não resistiu ao vírus que há mais de um ano vem alterando toda a nossa rotina e ceifando milhares de vidas. Eu não o conheci, mas … Continuar lendo Sonhando‌ ‌o‌ ‌mundo‌ ‌pós-pandemia‌

Entre a cruz e a espada

Victória Farias Todas as vezes que me encontro no difícil papel de encarar uma página em branco do word, me pergunto o que de tão extraordinário aconteceu e que outras pessoas precisam saber. Seja no trabalho, cobrindo um evento, seja para esse nosso encontro semanal. Quando digo extraordinário, me refiro ao sentido duplo da palavra: surpreendentemente bom, excepcionalmente ruim. Qualquer coisa além do ordinário que … Continuar lendo Entre a cruz e a espada

Presentes que me dou: Os Livros (10)

Rosangela Maluf Quando eu era criança ainda se via, nas cidades do interior, a figura do mascate. Era um vendedor porta a porta que trazia em seu carro os mais diversos produtos. De joias aos mais sofisticados jogos de cama, de mesa, de banho e sem falar nas diversas novidades vindas da capital, tudo podia ser comprado na comodidade do lar. Uma tarde bateram à … Continuar lendo Presentes que me dou: Os Livros (10)

Sem rumo e desgovernado

Eduardo de Ávila Tenho até me esforçado, acreditem ou não os que me condenam, por buscar temas diferentes dessa mesmice de criticar o eventual governo brasileiro. Mas – ele e defensores –, e suas reações do dia a dia sugerem não tirar o olhar desse desgoverno, jamais vivido na História do Brasil. Nossos tempos têm sido de muita angústia e sofrimento com crises sanitária, econômica, … Continuar lendo Sem rumo e desgovernado

Concordo em discordar - Foto: Le Lit, 1892, Musée d'Orsay

Concordo em discordar

Victória Farias Eu vi o mês de maio nunca chegar ao fim. Parecia uma perseguição, polícia contra ladrão. O dinheiro guardado para as cinco semanas contra o dinheiro tomado pela inflação cada vez menos transvestida de reformas institucionais. Assim, o mês de maio, conhecido por ser blasé, nunca chegou ao fim. Até o dia de hoje. Amanhã, quando o sol raiar no oriente, será o … Continuar lendo Concordo em discordar

Adaptando aos novos tempos

Eduardo de Ávila Ainda que aguardando a segunda dose da AstraZeneca, sabe-se lá quando isso vai acontecer, sigo vivendo a liberdade condicional que – em voto monocrático – acatei, nessa decisão pessoal e unilateral. Durante esse período de reclusão, entre a prisão domiciliar e eventual independência para circular – sem pagamento de fiança – experimentei os tempos mais espetaculares de bipolaridade da minha existência. Já … Continuar lendo Adaptando aos novos tempos