De volta aos anos 80

Daniela Mata Machado Mas é claro que o sol vai voltar amanhã Mais uma vez eu sei Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã, Espera que o sol já vem Renato Russo era um ícone da minha adolescência e quando a gente acha que o sol está demorando demais a voltar é bom buscar refúgio nos nossos lugares seguros. Está certo, a adolescência não … Continuar lendo De volta aos anos 80

Desnorteio

Leānder Quadragesimae Desistir de controlar qualquer parte do meu dia tem sido uma tarefa árdua. Nesses vinte anos de vida, de forma inconsciente e consciente, venho fazendo muito esforço para não perder o domínio sobre o meu universo. De certa forma, esse processo é a desconstrução desse conhecido “ego” e de acreditar que somos mais importantes do que parecemos ser. Em tese, não há outra … Continuar lendo Desnorteio

O poeta não morreu

Daniela Mata Machado Todo mundo é parecido Quando sente dor Mas nu e só ao meio-dia Só quem está pronto pro amor Dizem que atualmente quem quer esconder a idade precisa postar a foto da sua vacinação, digamos, uma semana depois da data real. No meu caso não ia funcionar porque o meu gosto musical entrega tudo. Esta semana eu estava ouvindo o Barão Vermelho … Continuar lendo O poeta não morreu

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A parte positiva do medo

Tais Civitarese O medo é um sentimento rechaçado nos dias de hoje. É praticamente um sinônimo de fraqueza, covardia, hesitação. O que se exalta em nossos tempos é a coragem, a fibra, a ousadia. Gostamos dos sinais de força e até deliramos quando evoluem para o riso ou o deboche. No entanto, o medo tem um outro lado. Um lado relacionado ao respeito. De vez … Continuar lendo A parte positiva do medo

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Madrugada

Tais Civitarese A madrugada é o meu momento. Há algum tempo, tem sido assim. Antigamente, não gostava dessas horas frias. Possivelmente, assombradas. No entanto, os fantasmas têm me acolhido bem. Eles não gritam. E assim, consigo ouvir meus pensamentos. Pela manhã, a casa ferve. Duas crianças correndo de um lado para o outro. Dois meninos. Será que meninas seriam mais calmas? Lembro das minhas sobrinhas … Continuar lendo Madrugada

Figuras da praça

Tais Civitarese Pelas manhãs, tenho ido caminhar na Praça da Liberdade. Saio cedo, coloco um boné e subo alguns quarteirões para ir me exercitar nesse local-símbolo de Belo Horizonte. Apesar da praça não ser tão grande, a cada dia encontro uma cena diferente por lá. É gestante posando para ensaio de fotos cercada de guirlandas de flores, é aula de dança ao ar livre, ou … Continuar lendo Figuras da praça

In-versões da vida

Tais Civitarese Após mamãe me pedir para sair, chegou a vez de eu dar parabéns ao meu pai pelos exames. Nesse caso, os de sangue. O jovem senhor está cuidando muito bem da própria saúde. Cortou a fritura, cumpriu o isolamento social, tem feito caminhadas e, ao “tirar” a pressão, ela não se retirou da zona de segurança. Está doze por oito, dobradinha que soa … Continuar lendo In-versões da vida

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Human Nature

Tais Civitarese Ando ouvindo jazz escondido. Meu marido não pode saber. Sempre detestei jazz e preciso manter a pose. Se ele me ouve ouvindo, vai ver que sempre esteve certo.  Provavelmente, irá abrir a radiola e me mostrar aquele seu último vinil, que garimpou. Se bobear, irá preparar para nós dois um old fashioned. Não posso permitir isso! Por isso, fico aqui ouvindo baixinho no … Continuar lendo Human Nature