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Sabores da vida

Tais Civitarese Quando criança, eu tinha o costume de enganar a minha irmã. Diante de um pacote de balas dado a nós duas, o qual deveríamos dividir irmãmente, eu sempre punha mais pra mim. O argumento é de que eu era a mais velha. Supostamente, deveria ganhar mais. Irmã mente. O curioso é que eu não era egoísta com brinquedos ou bonecas. O negócio eram … Continuar lendo Sabores da vida

Lembranças que não se apagam

Eduardo de Ávila Semana anterior fiz uma divagação sobre as reflexões desse isolamento que me convenceram que continuo vivendo a adolescência. Resistência ampla, geral e irrestrita! O envelhecimento do corpo é inevitável, por mais cuidado que se ofereça a ele, com caminhadas e exercícios de toda ordem; mas o da cabeça pode ser adiado. Relembrar o quanto de boas vivências tivemos é essencial para esse … Continuar lendo Lembranças que não se apagam

Minha permanente adolescência

Eduardo de Ávila Nesses mais de 150 dias de isolamento social, onde cada um de nós pôde experimentar os mais diferentes sentimentos, estou preparado para viver minha plena melhor idade até que o Criador me chame de volta ao seu convívio. Semanalmente, neste espaço, e diariamente, no blog de futebol, me esforcei por estar ligado na vida lá fora. Concomitante, ainda estive atento ao meu … Continuar lendo Minha permanente adolescência

Por Onde Andam os Vagalumes

Rosangela Maluf Final de tarde, começando a escurecer. Faz frio e venta muito. As janelas batem. Uma chuva forte parece querer cair. Um raio, um barulhão. No fogão, a água começa a ferver. Vou correndo pegar a lata de café. Me esqueci de colocar o pó no coador, fiquei da janela olhando a chuva chegar. Abaixo o fogo, passo o café, encho o bule e … Continuar lendo Por Onde Andam os Vagalumes

CROCHÊ DA MAMAE

Precisamos de mais fiados

Sandra Belchiolinasandra@arteyvida.com.br Confesso que esse foi o texto mais difícil de escrever até hoje. “Fardinha desse Covid” – como circulava num post na internet. O desejo da escrita somente apareceu quando me lembrei de uma “conversa fiada”. É impossível uma pessoa sensível estar nesse momento da pandemia pensando que a vida continua e “está tudo normal” ou “novo normal”, como alguns denominam. Para mim não … Continuar lendo Precisamos de mais fiados

Pão esquecido no forno

– Cleonice, quero te dizer uma coisa.– Pois, diga.– Eu vou me casar com você.– Como é Valdemar? Você acha que eu sou um objeto de uma loja, que você pode escolher possuir?  E foi assim que meu avô, Valdemar Dantas de Farias, “pediu” minha avó, Cleonice Vieira Gonzaga, em casamento. Explico. Minha avó nasceu em Aracaju, capital do menor estado brasileiro, Sergipe. Muita gente … Continuar lendo Pão esquecido no forno

Nascidos em 60

Sandra Belchiolinasandra@arteyvida.com.br Que geração é essa que nasceu em 1960? Seus caminhos e descaminhos? Creio que muitos tiveram a alegria de conviver com irmãos e amigos por meio de brincadeiras. Além das bonecas, fogãozinho, bolas e carrinhos, eram presentes: as cantigas de roda, passa anel, queimada e rouba bandeira. Não era época dos “YouTube kids” e demais vídeos que alienam nossas crianças atuais. Em 1969, … Continuar lendo Nascidos em 60

Ainda sobre vovó – a notícia

Taís Civitarese Há muito tempo esperava essa ligação. Esperava sem esperar. Esperava para, depois que passasse, não ter que esperar nunca mais. Sabia que ela viria um dia e que não tardaria muito. Preparei-me. Durante anos, meditei sobre como seria o momento. O que eu estaria fazendo. Quem estaria comigo. Pedi a Deus, sem pedir, que fosse suave. Que fosse leve. E menos traumatizante do … Continuar lendo Ainda sobre vovó – a notícia

O Relógio na Parede

O Relógio na Parede

Rosangela Maluf Quando a vó morreu, sendo eu a neta mais velha, herdei dela o relógio cuco. Contava a minha avó que o vô ganhara de seus pais, que por sua vez ganharam de presente de casamento, ainda quando viviam na Alemanha, nem se sabe há quanto tempo! O cuco já não abre mais a janelinha nem canta mais. Eu não quero ouvir cuco nenhum … Continuar lendo O Relógio na Parede