Presentes que me dou: A Feira Livre (4)

Rosangela Maluf No bairro onde moro, tudo de mais importante e necessário fica a menos de três quarteirões do meu prédio. Sendo assim, com todo o cuidado que a situação exige de nós, faço “de um tudo”, sem o menor receio, sem absolutamente nenhuma neurose e com toda segurança. Não me privo de sair diariamente para resolver uma coisinha ou outra que não pode esperar! … Continuar lendo Presentes que me dou: A Feira Livre (4)

Carta

Caríssimas e caríssimos, ainda comovido com a perda prematura da Margarida – irmã – reproduzo uma cartinha pós mort dirigida a ela. O sentir da Malu, uma entre 13 sobrinhos-netos (mesmo número de netos da mamãe e papai), reproduz nosso sentimento familiar. Com meu beijo a cada leitor, amigos e familiares. * For: Tia Balida From: Malu Oioi, Tia Balida, eu sei que é impossível … Continuar lendo Carta

Será que ela não vê?

Daniela Mata Machado Como é possível que ela não veja o que está fazendo com a própria vida? A pergunta, indignada, vinha de uma garota preocupada com sua amiga, segundo ela cega de paixão por um rapaz que não a respeita, sai por aí com mil outras garotas e só será capaz de fazê-la sofrer. Seu questionamento vinha carregado com um misto de preocupação, raiva … Continuar lendo Será que ela não vê?

A esperança de óculos

Daniela Mata Machado “Eu quero uma casa no campoDo tamanho ideal, pau-a-pique e sapêOnde eu possa plantar meus amigosMeus discos e livros e nada mais…” Elis Regina tem me feito companhia durante esta quarentena interminável que já roubou a vida de 500 mil brasileiros e a esperança de outros tantos milhões. E hoje eu evoco a Pimentinha para falar de amizade. E de amor. Estou … Continuar lendo A esperança de óculos

Sobrevivendo na corda bamba

Eduardo de Ávila Só não vale perder o humor. A longevidade, ainda que prematura, testa insistentemente nossa resistência física e emocional. Estou aproximado dos tempos que me será permitido andar em ônibus urbano gratuitamente. Faltam poucos meses e a exemplo da data que conquistei a vaga para idoso de estacionamento de veículo, pretendo ir no mesmo dia requerer meu cartão deste novo benefício. E, apesar … Continuar lendo Sobrevivendo na corda bamba

Duas da manhã

Victória Farias O momento exato eu nunca saberei precisar. Aqueles gestos ficaram impregnados na minha cabeça e por mais que me esforce, a única informação que consigo me lembrar daquela noite é: são duas da manhã. Talvez, em algum momento, eu tenha tido noção disso; ou talvez tenha deixado de contar os segundos sem sentir. Não saberei dizer com certeza porque nunca conseguirei acessar novamente … Continuar lendo Duas da manhã

Dia da noiva

Tais Civitarese Quando me casei, fui fazer o “dia da noiva” em um salão de beleza aqui de BH. O tal dia consistia em inúmeros preparativos estéticos para a celebração do casamento. Unhas, cabelo, maquiagem, massagem relaxante. Cheguei ao salão depois de um plantão noturno no berçário, compromisso obrigatório da residência de pediatria. Tudo o que eu mais queria naquele momento era dormir. Arrumei o … Continuar lendo Dia da noiva

Um movimento de partida

  Silvia Ribeiro Uma página em mim. Os meus olhos corriam entre aquelas emoções avidamente, como se entrassem em becos profundos, se perdendo cada vez mais naquela nostalgia. Tentava encontrar os meus sentimentos dentro daquelas vírgulas, importunando as minhas memórias, no entanto, alguma coisa me deixava intranquila. Tudo me parecia predestinado e o meu olhar escapulia daquele cenário, causando a impressão que não era eu … Continuar lendo Um movimento de partida

Nos encontraremos em outro papel de pão.

  Silvia Ribeiro Vai vir o dia em que eu poderei contar as minhas saudades. Buscarei por um desses papéis de pão e lá eu vou deixar toda a gente. Vou ser um desses lunáticos que não enganam o coração, e irei expor todas as minhas faces. Vou deixar as durezas das ausências, e pensar apenas naqueles sentimentos que vieram lembrando tempos vividos. Prosas que … Continuar lendo Nos encontraremos em outro papel de pão.