Feminismo? Jura?

Luciana Sampaio Moreira Sou feminista e agradecida pela queima de sutiãs, pelas manifestações e projetos que me renderam e rendem direitos que minhas avós e mães não tiveram. Mas o que estão fazendo com a pauta feminista? Que história é essa de desbancar e subjugar os homens, como se o mundo, a vida e tudo mais fosse atingir um estado de plenitude total sem eles? … Continuar lendo Feminismo? Jura?

Encontros e despedidas

Sandra Belchiolinasandra@arteyvida.com.br Semana de Páscoa — renascimento, flores e frutos que se abrem no hemisfério norte. Sementes semeadas no hemisfério sul, promessas de frutos e flores futuras. Entre esses momentos de comemorações e brindes à vida, há aqueles que partem. O que me faz lembrar da canção de Milton Nascimento “Encontros e despedidas”. Todos os dias é um vai-e-vem A vida se repete na estação … Continuar lendo Encontros e despedidas

Pequeno texto feliz - Fonte: Pixabay

Pequeno texto feliz para pequenas coisas felizes

Daniela Piroli Cabral danipirolicabral@gmail.com (texto editado em 02/04/24; texto original publicado em 04/01/23) Quanto mais eu vivo, mais eu me convenço que o verdadeiro valor da vida reside na possibilidade de ser livre, de renunciar às prescrições dos cronogramas e aos tempos dos relógios e dos calendários. Há muito tempo deixei os planejamentos e as planilhas anuais. Na cadência da rotina muitas vezes imposta, prefiro … Continuar lendo Pequeno texto feliz para pequenas coisas felizes

Outro mal das redes sociais

Eduardo de Ávila Quem não conhece o ditado do cachimbo? Está entre os mais populares ao longo dos tempos. Significa — na melhor interpretação da doutrina espírita — a lei do retorno. Colhemos o que plantamos, sendo assim, “o uso do cachimbo deixa a boca torta”. E, ao melhor estilo individualista, aplicamos isso a terceiros sem olhar no nosso espelho. Assistimos e avaliamos ao nosso … Continuar lendo Outro mal das redes sociais

Só — Capítulo 1 

Victória Farias Para Caelum e Solem, nos vemos amanhã. — Capítulo 1  Sentado no chão de cimento de aspecto escuro e sujo, cheio de ranhuras como se lembranças de tremores passados e por suportar o peso de anos de destroços descartados, João pensava em como faria Carla desistir da ideia sobre a mudança deles. O posto de coleta 2, localizado entre o campo de meteoros … Continuar lendo Só — Capítulo 1 

Palavras e gestos

Silvia Ribeiro Tenho reparado palavras entrando na fila do desdém demasiadamente. Principalmente quando se trata de relações amorosas. Muita gente equivocada se contentando em dizer “eu te amo”, e deixando os gestos pra depois. Tenho medo de sair às ruas e encontrar placas com dizeres amorosos pendurado no pescoço das pessoas, facilitando as teorias e servindo de bengala para uma comodidade afetiva. É óbvio que … Continuar lendo Palavras e gestos

Um novo começo

Mário Sérgio Que susto!  Na fase outonal de uma vida difícil, porém de muito aprendizado, surge um novo estímulo para nos doar enquanto há forças disponíveis. Quando iniciamos, na segunda metade da década de 1970 um esforço no sentido de tirar entraves e permitir uma vida com mais qualidade e menos incertezas às nossas crianças, não imaginei que voltar a Minas, através desse canal para … Continuar lendo Um novo começo

A mulher ao piano

Rosângela Maluf os mariscos o vinho a lareira acesa o restaurante à beira-mar pescadores recolhem redes – uma paisagem a névoa o frio céu cinzento clareado apenas pelo azul daqueles olhos sedutores – uma cena sozinhos no salão já se vai a tarde grande emoção lhes invade – um beijo a mulher senta ao piano executa com paixão uma canção de amor – um longo … Continuar lendo A mulher ao piano

Solteiro Original (fim)

Tadeu Duarte tadeu.ufmg@gmail.com O filósofo Zygmunt Bauman descreveu a fluidez das relações contemporâneas como “relações líquidas”, nas quais o que vale são as experiências pessoais de cada um, sem a construção da identidade de um casal, da integração entre dois indivíduos. Ocorre que Bauman, embora certeiro em sua análise, pensava as relações líquidas como um acordo claro e transparente entre as partes. Mas o filósofo … Continuar lendo Solteiro Original (fim)

As horas, o relógio

Peter Rossi   Quando somos crianças um dos momentos mais felizes é quando descobrimos como “olhar” as horas. Era mágica essa ocasião. Às vezes, meninos, usávamos os relógios só para ornar nossos bracinhos, mas não tínhamos a mínima noção do que estavam a marcar. Até que chega um dia que nossas mães pegam um prato de bolo, daqueles de festa, feito de papel, e no … Continuar lendo As horas, o relógio