Sem entrar em teorias, tampouco em princípios e fundamentos filosóficos sobre um e outro, onde escancaram a diferença entre a doutrina conservadora e a hostilidade do reacionário. A pretensão dessa reflexão, que pretendo seja curta, é dissociar os reaças em esconder sua agressividade dissimulando defender religião, moral e tradição. Na verdade, o reacionário – usando esse argumento – na verdade querem é a volta de práticas em desuso nos tempos modernos.

Não tolera, a ascensão de classes sociais marginalizadas ao longo da História. Nesse caso os negros, indígenas, quilombolas, gays, portadores de qualquer deficiência, mulheres e outros. Travestidos, muitas vezes, de caridosos, se enfeitam para ir ao culto – em diversas religiões conservadoras – sem constrangimento, divulgando a esmola que lhe parece assegurar a passagem para o céu na vida espiritual.

Mas, aqui na Terra e no dia a dia, os reacionários são verdadeiros demônios. Não se ocupam ou preocupam com quem quer que seja. Costumeiramente agressivos, dão tapa na cara da sociedade (palavra que mais gostam para se mostrar superiores) em casos que na maioria das vezes são omitidos pelos veículos de comunicação. Conseguem “abafar” no inquérito policial ou mesmo em despacho no Judiciário suas mazelas acobertadas pelos pais e grupelhos de poderosos.

No Brasil recente, onde por pouco um representante desse lado mais podre e obscuro chegou à Presidência da República, essa gente colocou a cara pra fora. Nem a flagrante derrota de um projeto político ultrapassado conseguiu sossegar o facho desses desordeiros. Quando esse representante do reacionarismo assumiu, um de nossos ídolos da música brasileira – Chico Buarque – foi provocado no Rio de Janeiro na volta para casa. Era um bando de moleques, filhinhos de papai, daquele tipo que prega que quem não defende o lado deles é comunista.

Comunista, petista, lulista e outros adjetivos são usados por estes reacionários, acreditando que estão desqualificando quem pensa diferente. Em tempos passados, esse mesmo tipo de gente – durante a vigência da Ditadura Militar – ousava até em dar uma coça em cantor da jovem guarda. E, no caso, nada relacionado à política. Ciúmes de adolescente. São os mesmos. Gente sem limite que acredita que o seu dinheiro permite fazer o que bem entender. Até agredir, uma vez que a impunidade é sua garantia.

Fazer bullying, com mulheres ou gays também – nesse último caso – até dar uma coça. Afinal o sobrenome assegura esse comigo ninguém pode. Dignos de dó. Infelizes, pois embora tenham estudado em bons colégios, a vida não lhes ensinou algo que é muito maior que o dinheiro. Empatia, solidariedade e tantas coisas boas. Se não têm consideração com quem não convivem e nem conhecem, deveriam respeitar seus antepassados que lhes asseguraram vida boa e nunca se valeram desse tipo de atrocidade. Diferente dos tempos atuais, nunca passaram a mão na cabeça de pirralhos improdutivos.

Gostam de disputar campeonato da bebida e o troféu de quem cometeu o ato mais abusado. Daqueles que sairão nos jornais só as iniciais e a comemoração entre eles próprios. Reacionários, tão jovens, pregando serem conservadores. São verdadeiros ogro boys, filhos de fake cristãos e que – ainda irão perceber – não passam de pobres de classe rica. São tão pobres que o único valor em que acreditam é o dinheiro.

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