Uma dama de vermelho

Silvia Ribeiro Dizem que o vermelho é a cor do amor. Uma mulher vestida de vermelho dispensa uma linguagem verbalizada e diz tudo que um homem deseja ouvir. Algo que traduz uma divindade. É como se dentro daquele vestido houvesse uma intimação para a perdição, e uma Deusa cheia de más intenções carregando consigo vontades absurdas falando mais alto. Nesse ápice, silhuetas se transformam em … Continuar lendo Uma dama de vermelho

Um ratinho no Mercado Central

Silvia Ribeiro Um dia desses, fazendo compras no Mercado Central numa dessas lojas de frios, chegou uma senhora acompanhada de duas crianças e perguntou se havia retalhos (sobras). A vendedora muito gentil, porém um tanto constrangida respondeu que não, e a senhora seguiu. E de repente uma das crianças aparentando uns cinco anos de idade voltou, parou bem diante do queijo que estava exposto e … Continuar lendo Um ratinho no Mercado Central

Um bom contador de histórias

Silvia Ribeiro Eu não poderia deixar de te dizer que eu sinto muito orgulho de você. Da sua bravura, do seu jeito simplório de receber, e até dos seus enganos. Confesso que as vezes fico olhando as suas dores e vejo que algumas feridas ainda sangram, então eu penso: dessa vez ele vai fraquejar. Te pego em noites insones molhando o travesseiro, fazendo as suas … Continuar lendo Um bom contador de histórias

Relíquias afetivas

Silvia Ribeiro Somos colecionadores de relíquias afetivas. Nos interessamos por cada memória que emergem das nossas lembranças, como a Deusa das Águas banhando emoções que de maneira arruaceira torna as nossas dores efêmeras. Pétalas de flores postas de lado na página de um livro de cabeceira e que carregam consigo a textura do passado apenas para atestar a façanha daquele momento, ainda que sem o … Continuar lendo Relíquias afetivas

Viver é uma vocação

Silvia Ribeiro Viver é uma vocação. Um tilintar do divino que nos ouve quando só nos resta crer. É um galope elegante do destino cavalgando nas nossas histórias, sendo mensageiro de bons presságios. É nos tornarmos permissivos com os nossos desejos e construirmos um pequeno lugar aonde possamos espreguiçar os nossos risos. Encontra-se uma explicação para a vida em qualquer uma das rotineiras miudezas que … Continuar lendo Viver é uma vocação

Te odiei logo de cara

Silvia Ribeiro Quando te vi pela primeira vez, confesso que te odiei logo de cara. Até aquele exato momento, eu não havia experimentado nada que fizesse doer tanto e que ao mesmo tempo me deixasse tantas perguntas. Era de uma presunção incisiva que me rasgava mecanicamente sem a menor compaixão, sem direito a uma dose de morfina ou qualquer anestésico que compadecesse da minha dor. … Continuar lendo Te odiei logo de cara

Danço com todos eles

Silvia Ribeiro Eu sempre me tratei com muitas gentilezas. Embora tendo vivido algumas agruras no dia a dia elas nunca me convenceram que sofrer é algo que se deve panfletar. Deixo sempre à vista um sorriso em conta- gotas ou um esparadrapo caso a minha alma necessite. E quando tudo isso significa recomeçar balanço os ombros e vou em busca de algo que me faz … Continuar lendo Danço com todos eles

Mulheres são todas iguais

Silvia Ribeiro Não adianta tentarem se enganar mulheres são todas iguais porém, muito diferentes. Por mais paradoxo que isso possa parecer. Toda mulher pode ser revolucionária, independente, e dona de si. E se quiserem lavam a louça com um gingado na cintura. Podem queimar sutiãs, levantar bandeiras, mas no quesito amor elas são todas iguais. Toda mulher gosta de um cara que interagi com o … Continuar lendo Mulheres são todas iguais