Uma dama de vermelho

Silvia Ribeiro

Dizem que o vermelho é a cor do amor.

Uma mulher vestida de vermelho dispensa uma linguagem verbalizada e diz tudo que um homem deseja ouvir.

Algo que traduz uma divindade. É como se dentro daquele vestido houvesse uma intimação para a perdição, e uma Deusa cheia de más intenções carregando consigo vontades absurdas falando mais alto. Nesse ápice, silhuetas se transformam em um livro gostoso de se ler.

Um batom vermelho contornando os lábios aquece o sangue, subordina a volúpia, e desafia a sedução. Liberta os limites da sensatez pra que a paixão penetre nos desvarios mais singelos e para que os corações pulsem na mesma sintonia.

Mais do que um salto alto, é preciso sustentar um vestido e um batom vermelho afrontando os desejos e os tornando visíveis, sem castidades nem regras traiçoeiras inibindo a sensação de pertencimento.

Uma mulher de vermelho é o desjejum de sentidos se encontrando e cortejando a beleza da alma que, nesse instante se transforma em objeto de cobiça e entende o corpo como um lugar que nasce grandes amores sendo vividos em detalhes.

É um gole de vinho tinto acariciando a garganta e um abrigo festivo pra que estradas sinuosas se abram e fantasias encontrem o seu lugar, permitindo que um “quero mais” faça cócegas e deixe uma saudade airosa emocionando a pele sem a fragilidade do adeus.

Poucas mulheres suportam essa invasão de feminilidade que adormece aquela menina que se encontra dentro dela, pra que uma fêmea avassaladora possa brincar no mundo sem as adultices do tempo.

Raros homens conseguem delinear o andar desse magnetismo alucinado que se entrega desejando reticências, no entanto o que todos eles desejam é uma mulher vestida de vermelho, e a sua sensualidade incitando o seu recato e tirando do seu olhar um prazer genioso.

Mas, apenas alguns terão em seus braços uma verdadeira “Dama de vermelho”.

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10 comentários sobre “Uma dama de vermelho

  1. Que posso escrever pra supor uma Dama só. Que posso escrever se quando olharmos uma Dama todas ela em uma. Representa tantas propriedades sadias no bom sentido humano se é quê termos sentidos ao andar uma destas. Rodopiando como uma donzela. No ônibus. Na faculdade. No trabalho. Ao borde da calçada. As mães as filhas. As avós. Dormindo na rua. Tantas em tão variadas atitudes. E logo numa só. MULHER. Como sim aquele braço forte. Aquele braço temperado. Essas mãos quê construí todo a todo. Instantes. Entende porque da tanto trabalho de falar só de teu adorado vermelho. Quando na minha pertinência observo tantos vermelhos. Quê tanto me insinam todos os dias. Porém serei atrevido sei lá eu não sei escrever certo nem português nem espanhol muito menos poeta. Porém queria escrever algo ao esmo… Pra quando eu te consiga entender áinda assim você vai me esperar. Lá vida tiene tantos desafios. Despierta inquietude en biene y vá. Lá existência de mi próprio. Busca tanto lá felicidad. Y son los caminos en lá percepcion. Dibujo un Sofia en el tiempo. Histórias leyendas de mismos destinos. Alegrias tristesas guerras y muerte. Estribillo. Repito repito repito lá história. Repito repito repito lá fé. Repito repito repito las ganas. Repetir repito repito el vivir. Si yo pudiera dominar las cosas. Lá circunstancias de lá propia en si.De mi egoísmo hubiera escrito Espinosa con mucho mas placer. Pero que puedo hacer con Sofia. És lo único que tengo para sentirme yo.A lo mejor el AMOR me cambie nos cambie canbiamos. Letra y música de Victor Noel Bonilla Bravo. E inédito. Boa noite.

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