Corrida contra o tempo em Luxemburgo

Wander Aguiar Finalizando minha aventura pelo Caminho de Santiago, decidi parar em Luxemburgo antes de voltar a Lisboa. Pequena, charmosa e incrivelmente organizada, a cidade me surpreendeu. Melhor ainda foi ter ao meu lado Matheus, um amigo que transforma qualquer passeio em riso e leveza. Nosso final de semana foi uma sucessão de momentos memoráveis, explorando ruas impecáveis e nos perdendo entre conversas e pratos … Continuar lendo Corrida contra o tempo em Luxemburgo

Assumir

Como é bom ir se transformando na gente. Assumir a própria esquisitice. Sair do armário social calçando meias e vestindo um cardigã quentinho.  Como é bom aceitar os silêncios, o gosto por estar sozinha, o apego ao lar, a aversão que tenho a festas. Cancelar assinaturas, assumir que não ligo para muita coisa, sobrar energia para dar atenção para as pessoas que gosto ou simplesmente … Continuar lendo Assumir

Paradoxos imponderáveis - Fonte: Pixabay

Paradoxos imponderáveis

Daniela Piroli Cabral contato@danielapiroli.com.br Para toda memória, há o esquecimento Para toda visão, há a cegueira Para toda uniformidade, há o desvio Para todo conhecimento, há o humano Para toda segurança, o imponderável Para toda quantificação, a narrativa Para todo tempo, o desejo Para todo absoluto, o escape. * Curta: Facebook / Instagram Continuar lendo Paradoxos imponderáveis

Necessidade crescente de ressignificar

Eduardo de Ávila Sim, às vezes leio que o ser humano não deu certo, mas é incorreto generalizar. Se nos meus tempos de criança, aliado na espera do Papai Noel carregava um sentimento medonho de lobisomem e outras lendas, nos dias atuais esse pavor é real. Pior, tem atores verdadeiros que aterrorizam nosso dia a dia e – no mínimo – sobre alguns deles causam … Continuar lendo Necessidade crescente de ressignificar

Amadores

Silvia Ribeiro Somos todos amadores na arte de amar. É um desacerto querendo acertar, uma linha torta querendo endireitar, um desvio com pressa de chegar. Umas doidices aqui e ali. Não amamos apenas por afinidades, por estética, sintonia, ou lógica. E tantos outros “algo mais” que lembram um labirinto sem fim. Amamos por desaforo e desobediência. Sabe aquele ser que te desdenha? É esse que … Continuar lendo Amadores

O bom velhinho

Mário Sérgio Acho que foi a primeira casa de “pau-a-pique” que vi na minha curta vida de criança. Casa baixa, telhado muito simples e sem forro. O chão, de terra batida, comportava a escassez de móveis, própria daqueles que a sorte (ou a vida) mais tirou do que entregou. Aquele piso me fazia pensar que quem ali caminhasse ficaria com pés vermelhos, como minhas mãos … Continuar lendo O bom velhinho

O mau olhado da dona Filó

Rosangela Maluf Parte I Aos meus olhos de criança, dona Filomena – por ser tão velhinha – deveria estar bem perto da morte. À época, nós, crianças, pensávamos que só gente velha morria. Sempre que o sino tocava e o triste badalar indicava uma morte, a criançada logo imaginava que um de nós perdera um avô. Sim, morriam mais avôs do que avós. A estatística … Continuar lendo O mau olhado da dona Filó

Paulo Bet

Tadeu Duarte tadeu.ufmg@gmail.com Conheço meu amigo Paulo desde a adolescência. Quatro anos mais velho que eu, sempre me diverti com as suas histórias. Na rua, Paulo andava sempre atento, olhando pro chão pra tentar achar dinheiro, o que várias vezes aconteceu. Na escola, assim que tocava o sinal do recreio, ele, que estudava no segundo andar da escola estadual, descia abraçado na pilastra para ser … Continuar lendo Paulo Bet