Eduardo de Ávila
Algumas semanas já se passaram, como procuro fazer, trouxe aqui prosas sobre reflexões do momento que estamos experimentando nessa passagem pelo planeta Terra. É o propósito dessa ocupação semanal neste espaço, ao lado de pessoas que a vida foi nos presenteando leve e lentamente até unir em torno deste Mirante. É um blog que propõe uma reflexão, sob diferentes olhares de cada parceira/o que escreve aqui diariamente.
Já até gerou uma cria. Sim, quando éramos doze participantes – hoje nem sei quantos somos –, sendo que sete entre esses permanecem aqui alternando dias e postagens. O livro gerado pelo coletivo, batizado “Doze Horizontes, Um Mirante”, teve boa repercussão e motivou ainda mais nessa sequência de postagens que teve início já no distante abril/maio de 2018. Entram e saem uns, mas o espírito e dedicação permanecem os mesmos do princípio desse desafio.
Pois bem, aqui não temos líder e somos igualmente responsáveis e envolvidos com essa tarefa semanal. Coube ao blogueiro desta última postagem do ano, a missão de escrever no exato dia da virada. E ocorre de pessoas fazerem propósitos de mudanças e novos projetos. Legal, desde que colocados em prática. Até disse numa das postagens recentes sobre algumas experiências pessoais que pude viver. Mudar não tem data e nem impõe condições. Basta tão e unicamente vontade.
E mais, não tem idade e ambiente, deve ser feita internamente com a gente mesmo. Quando queremos mudar, desnecessário marcar no calendário e/ou negociar sobre vantagens que buscamos. Virada de ano e virada de atitudes não se confundem, embora a primeira seja – como outras a exemplo de férias, carnaval, semana santa e tantas – prevista na agenda que temos em mãos ou na cabeça. Rever opiniões e costumes, dependem exclusivamente do nosso eu interno.
Nada que impeça em (querer) usar essa data como uma real virada de vida. Entretanto, reafirmo, não é a cronologia e sim a determinação que nos fazem melhores conosco e com os outros. Adiar, adiar e jogar para frente é fuga. Conheço pessoas, até um caso recente, que tem anos que vai tomar determinada atitude. Não acontece, evita enfrentar o embate pessoal, segue sofrendo e mentindo ao seu entorno e de frente ao espelho. Foi batendo de frente, como relatei em 10 de dezembro último aqui que abandonei o cigarro e a bebida tem mais de 20 anos. Protelar só causa mais sofrimento para a pessoa e quem está próximo dela.
Digo isso, com a mais pura intenção de sugerir – sem a pretensão de ser exemplo – não marque na folhinha e sim tome decisão. Nada impede, claro, que na data deste 31 de dezembro de 2024 – véspera do esperado 1º de janeiro de 2025 – façamos votos de um futuro melhor para nós e quem amamos e por um mundo melhor para todos. Ao contrário, sonhar é viver, e tudo aquilo que conseguimos – sobretudo a paz pessoal e interna – nasce desse desejo forte que temos dentro do nosso coração e da nossa alma. Adeus Ano Velho e Feliz Ano Novo!
É isto Du, que venha 2025 para nós.