Eduardo de Ávila

Até prova em contrário, ainda acredito que estamos passando por uma fase de provação. Entre as doutrinas espiritualistas que pude conhecer, a que mais me convence e frequento é a kardecista. Convicções sócio-econômico-políticas, onde existam ações que mais se aproximem de trabalhos coletivos e de igualdade entre as pessoas, me levando – ocasionalmente – a escolhas pessoais sem permitir qualquer patrulhamento. Por fim, em meio às opções de viver, creio que a que mais me identifica é a devoção ao meu time do coração. Sem ter perdido oportunidades de amar e ser amado. Viagens e muita diversão – cada qual – no seu momento certo.

Pois bem, com essa leitura do que imagino ser o sentido da vida, sigo tentando viver e aproveitar cada momento que me é concedido. Não tenho pressa em encerrar essa passagem, entretanto, afirmo que quando o Ser Superior me convocar, podem estar seguros de que “ali vai uma pessoa que aproveitou bem a vida”. Dentro das limitações que me foram oferecidas, sem medo de errar, aproveitei e ainda desfruto de muitas realizações. Evito o enfrentamento, exceto quando provocado, pois aí ofereço aquela lição das aulas de física: ação e reação!

Dito isso, minhas considerações para esta terça-feira, assino o blog Mirante, trazem para quem quiser entender uma sugestão. Continuem com sua religiosidade, privilegiem os ensinamentos do Criador e de seu filho, mas sem dissimulação conveniente ao momento existencial de vida física. Tudo passa! Não se achem donos da verdade, aceitem as diferenças de crença. Nossas escolhas são pessoais e não heranças genéticas. De que adianta falar e usar o nome de Deus, de Jesus e de Nossa Senhora se a conduta não coincide? Evangélicos, desde que em igrejas sérias, longe dessas pragmáticas onde apenas o pastor arrecada. E mesmo onde me encontro, privilegiem os ensinamentos dos livros de evangelização, sem se deixarem pautar por outros discursos convenientes e segregadores.

Já na questão filosófica-ideológica, tento e não é fácil evitar o conflito. Nem sempre, confesso, é possível. Exatamente pelo que mencionei acima sobre ação e reação. Respeito quem me respeita. Canso-me de acompanhar e saber de gente vomitando o que imagina sobre minha pessoa, daí passei ao papel de grosseiro. Melhor ser assertivo do que ser bobo, como admito ter sido por muito tempo. Digo que vou votar no fulano, daí os que pensam diferente já me rotulam das merdas que até desconhecem. Com alguns, sugiro mais paciência, argumento. Se insistem, já os bloqueio das minhas redes e contatos. Quero viver em paz pelo resto dos meus dias, que seja ainda por muito tempo. Assim seja!

E, finalmente, se faço uma pequena viagem ou até mesmo atravesso o oceano – em poucas ocasiões – é para meu deleite pessoal. Certa vez, quando meu time disputou o mundial, teve gente preocupada com as parcelas que tinha a pagar. Mas sabendo que foram quitadas à vista, assim como as cadeiras no estádio do meu Galo, ainda hoje me perguntam quanto pago por mês. Que preocupação! Se meu time perde, e está numa sequência péssima, gente com quem nem falo há tempos dispara memes e provocações. Vou lá no histórico de mensagens, tem provocador com quem sequer conversei depois de 2019, reaparece do nada. No outro blog que assino sozinho, é impressionante a quantidade de fakes que alteram até esse seu codinome, acreditando que vão me tirar do equilíbrio. BCOs da vida, vale dizer, Bobo da Corte Oficial, como diz um outro companheiro blogueiro de outro clube da cidade. Enfim!

O que quero com essa reflexão de hoje, sem a intenção de repreender ou mesmo sugerir, é afirmar – quem sabe reafirmar – que o propósito dessa passagem pela vida terrena não é guerra, enfrentamento, querer se mostrar melhor do que quem tem até alguma inveja, mas sim viver bem e ter bons amigos. Sim, tem gente que é tão pobre que a única coisa que tem é dinheiro. Conheço muitos endinheirados felizes, porém percebo alguns – que até têm menos poder econômico – que sofrem com essa solidão. Sem roda, sem boa conversa, sem motivação para entender o verdadeiro sentido da vida. Gente é para ser feliz! Sigamos!