Sempre fui resistente em utilização de expressões idiomáticas estrangeiras, aquilo que é chamado de estrangeirismo, agredindo nosso bom e formal português. Notadamente o mineirês, que carrego desde os tempos das férias na fazenda lá na Argenita. Entretanto, inevitavelmente, fatores que fogem ao nosso controle obrigam a utilização desses novos e invasivos costumes e expressões.
Em que pese essa resistência verbal, jamais optei por deixar de me atualizar e reciclar. Minha máquina de datilografia, que herdei do papai, fica na parte de cima do armário e nossa comunicação é apenas pelo olhar e lembranças daqueles tempos. O computador, de uso diário, é que me assegura postar aqui neste blog semanalmente, no do Galo e trabalhar cotidianamente. Do contrário, seguramente, o pensamento e seus derivados já teriam atrofiado.
E nesse vai e vem de a cada dia mais novidades em uma incrível velocidade, vou me ajustando aos novos tempos e costumes. Minhas duas últimas adesões advém de um app pessoal que não estavam nos meus planejamentos. Sim, já quase 70tão (66 ainda), nunca me ocupei em pensar num apartamento para chamar de meu. Fui pai aos 33 anos, agora com 66, vejo minha primogênita chegar a mesma idade que tinha quando ela nasceu. Antes disso, folgadamente, alternei por morar em repúblicas e casa de mamãe.
Posterirormente, numa primeira etapa de modernização, fui abandonando hábitos como cigarro e bebidas (ambos lícitos, embora houvesse mãe e pai de namorada que duvidasse), realizando melhorias de qualidade de vida. Com isso, fui conseguindo avançar e driblar uma série de obstáculos que a provação impõe durante a vida terrena. Dois tumores extirpados, um deles definitivamente e o outro ainda sob monitoramento, entre uma dezena de intervenções cirúrgicas. Pero sin siempre, perder la ternura jamás.
Falo sobre isso, com a mesma leveza que trato ir jogo do meu time do coração, afinal são tão presentes em minha vida quanto tudo que se relaciona ao meu entorno. Intensidade nunca me faltou, tanto nos momentos de tristeza quanto de euforia. E, neste novo ano, quando a gente – desde os tempos de criança – traça propósitos, não tem sido diferente. Talvez, nos tempos atuais, não pudesse ter tanta convicção de tão grandes transformações.
Pois não é que os acontecimentos surpreendem. Atropelam, na verdade. Sem que programasse, eis que esse aplicativo bateu na minha porta e me sugere por dias ainda melhores. E nesse ritmo, animando e estimulando a alegria de viver, as duas novidades me reacendem por querer viver mais e mais décadas. Como cheguei a dizer aqui neste espaço do Mirante, quero mais é savassiar. Que assim seja. Afinal ap & p novos são estimulantes e hay que endurecerse.
Assim seja!
*imagens: blog Mirante
Apreciei sua garra. Você é mesmo “Resistência”. Sabendo usar a passarela do mundo virtual deixa de ser perigosa e passa a ser maravilhosa. Abraços.
Avante!
Isso aí Eduardo
Este é o Eduardo que passei a conhecer mais recentemente nos cafés da Savassi.
Não tem medo da verdade. Fala abertamente.
Bravura!
Um abraço.
Parabéns, Eduardo! Sucesso no blog!
Mentes pensantes de verdade precisam mesmo iluminar o mundo virtual.
Adorei, Eduardo. Parabéns!