Minha condição, até então de exercer o personagem de Papai Noel, me presenteia com uma legião de amiguinhas e amiguinhos que convivo o ano inteiro. São inúmeras crianças que encontro pelos caminhos e trocamos boas prosas, onde o bom velhinho não perde a oportunidade de recomendar bom comportamento, obediência aos papais e avós e compromisso com a escolinha. Só vivendo esse papel pra entender o quão gratificante é dividir essa fantasia que lá num passado distante já fora do próprio agora ancião.
Entre essas crianças, quero destacar hoje uma amiguinha. Annelise Pires Drews, neta de uma querida conterrânea – Magali Pires –, parceira de inúmeros encontros da colônia araxaense. A precoce escritora, sempre acompanhada da mamãe Junea, encanta desde tempos a quem cruza pelo caminho. Meu café, quase diário no Pátio, me proporciona sistematicamente uma boa prosinha com essa criaturinha. O olhar de encantamento de Annelise ao amigo da vovó e da mamãe, que viaja sempre do Polo Norte até a lugares distantes – onde vai observar as crianças – chega a ser comovente.
Fantasias são fundamentais para iluminar nossas vidas, crianças e adultos (inclusive nossa que já estamos curtindo a melhor idade). E ela, a amiguinha do Papai Noel – com apenas oito anos e com dupla nacionalidade (Brasil e Alemanha) -, já estreia na literatura infantil. Atenta e com sensibilidade aguçada, incentivada pela mãe e avó, escrevia historinhas que eram impressas em casa e distribuídas entre parentes, vizinhos e coleguinhas. Até que, Annelise sugeriu ter seu livro editado. E foi através da Editora B que fomos presenteados com o lançamento no último sábado. A Leitura do BH Shopping esteve movimentada em torno da nossa talentosa e recém lançada escritora.
Devoradora de livros desde sua alfabetização, que ocorreu durante a pandemia e em aulas on line, Annelise conta três historinhas no livrinho “A princesa que perdeu a sorte”. Este é o titulo de uma delas e da própria obra. As outras duas são “A Ninja” e “A flor exibida”. Além dos textos, a precoce e talentosa autora ilustra sua primeira obra. A desenvoltura dela no dia do lançamento, sugere imaginar que fosse veterana num evento dessa natureza. Já tive a oportunidade de lançar livrinhos infantis e até mesmo para adultos, a performance dela no seu evento era de gente grande.
Com muita personalidade, diante de uma interessante fila de autógrafos, atendia – um a um – seus convidados onde estavam coleguinhas e até representantes do seu Colégio Santa Doroteia e muitos admiradores daquela criança doce e meiga. Vale a pena essa leitura, onde ela trás temas que nos levam a questionar situações que vivemos – individual ou coletivamente – sugerindo respeito nas nossas convivências na passagem por essa existência.
Parabéns Annelise, amiguinha do Papai Noel!
*fotos: Arquivo pessoal
Viva o talento da escritora mirim e também a você, Eduardo, por despertar sentimentos vibrantes!
… não estou achando adjetivo. Quem sabe um simples “feliz” Embasbaquei.
Parabéns à escritora mirim, muito ainda virá.