Esse título, o mesmo da letra de uma composição musical do Gabriel O Pensador, ficou muito evidente na minha cabeça e pensamento do final de semana. Minha condição manifesta de Resistência, sofreu muita amolação nos últimos tempos. Refiro a questões políticas e eleitorais. Vivemos momentos tensos desde que a minoria conservadora, que assumidamente – embora tente dissimular – é preconceituosa e detesta pobre, no embalo de parte da mídia, sustentada pelo capital, em conluio com cínicos evangélicos, implementaram discursos e informações mentirosas.
O resultado disso foi o impeachment da Dilma, ascensão ao poder do golpista Temer e a eleição – por escolha livre e direta com urnas eletrônicas – do engodo que atende por Jair Messias Bolsonaro. Detentor, acredito que de algo em torno de 10% a 15% da preferência dos brasileiros – de gente como ele mesmo -, cresceu e dividiu o eleitorado com aquela falsidade de que Lula é ladrão, PT é comunista e outras mentiras e idiotices do gênero. Até admito o contraditório e acho saudável, mas defender um sujeito ignóbil e despreparado como esse que chamam de mito é o fim dos tempos. As trevas!
Pois bem, numa eleição demasiadamente polarizada e sem uma terceira via que viabilizasse uma transição pacífica, venceu a opção pelas políticas públicas de interesse social. O vandalismo tomou conta das portas dos quartéis, sob a complacência de setores dos militares golpistas e estimulados pelo grupo de poder do capiroto derrotado nas urnas. Repetir as bobagens que ouvimos, em determinados momentos com vontade de reagir e jogar nas regras dos imbecis, não me sugerem neste momento. Por enquanto.
Fato é que, tive até – para minha tristeza pessoas de meu relacionamento e proximidade familiar – de tolerar provocações inconsistentes deixando o tempo passar. Enquanto essa gente conspirava contra a democracia, contava os dias para a chegada da primavera. Por mais que insistissem com “não vai ter posse”, “não sobe a rampa”, “vai ter golpe”, e outras piores coisas que me faziam rir como “queremos liberdade pra defender a ditatura”. Hilário, mas era o que o gado repetia. Passei três ou quatro vezes ali no QG da Raja Gabaglia. Alguns remunerados moradores da região recebendo em média 150 reais por dia, outros aposentados como numa aventura da melhor idade, todos recebendo alimentação custeada pelos verdadeiros interessados no “gorpi”. Até padaria das proximidades, que mandava pão de queijo e café, cujo dono ou gerente abusava da tolerância da freguesia exibindo fakes das redes sociais. Quando não se engraçava com alguma moiçola.
Pois bem, passada aquele vexame do dia 8 de janeiro, parecia que essa gente tinha entendido que democracia e leis não são para todos. Entendiam que a eles e seus interesses – um grupelho formado por exploradores e explorados que se apoderaram de um poder que julgam ter e nunca terão – leis eram mera formalidades pra punir seus divergentes. Aqueles que chamo de fake cristão e/ou pobre de classe rica. Cheguei a registrar com algumas pessoas, ainda que evitando o assunto, que estamos no momento de o novo governo trabalhar e tentar colocar a casa em ordem. Destruíram tudo, desde as finanças do Brasil, prédios públicos (dos Três Poderes) – incluindo até mesmo a residência do presidente e nesse caso foram os últimos moradores que não tiveram berço de casa arrumada – até as relações pessoais entre familiares e amigos.
Pois é, parecia que as coisas estavam se acalmando e passaríamos a viver em equilíbrio. Salvo melhor juízo, foi pura ilusão, na última semana deparei com a reação furiosa dessa gente. Pobres, no sentido intelectual e até patrimonial, esboçando reação. E a gente encontra isso pelos caminhos do nosso dia a dia. Um parente de pastor, nesse caso existem alguns sérios, mas a maioria é aproveitador e explorador da fé e das rendas de suas ovelhas, veio até minha presença me desafiar. Provocava dizendo desde que o Lula vai morrer, até que acredito na TV Globo (não vejo tem quase 50 anos), que a vacina (até hoje isso) vai causar câncer em quem tomou e outras aberrações.
Como se não bastasse, o infeliz provocou pelo menos mais duas pessoas ao nosso entorno – uma delas até que votou no mesmo candidato dele – e recebeu a mesma reação que teve ao me provocar. Fiquei azedo. Dias depois, pelo WhatsApp, de pessoa muito querida, recebi um vídeo de um desconhecido youtuber alertando que a mídia tradicional mente para os brasileiros. Devia ter cinco minutos, desliguei nos primeiros dez segundos. Outras burrices e provocações dessa natureza tem me ocorrido, e – confesso – já tá enchendo o saco. Haja jumentice. Daqui quatro anos, quem sabe encontram algum candidato melhor preparado e que defenda realmente os valores que esse imbecil derrotado usou apenas como mote de campanha. Bozo é a negação de tudo aquilo que pregou. Fez e, pelo visto, deixou um razoável legado de idiotas sem o capetão pelo caminho.
Por falar em fazer o L, muita coisa boa já aconteceu em menos de 40 dias de governo. Dólar, gás, relações internacionais, Yanomami, vacinação, entre outras. Tudo isso sob o olhar vigilante e atento de quem torce contra o país, em defesa de seus interesses pessoais. Muitos deles, a maioria, sem qualquer vantagem como imaginam. E o mercado só fica nervoso quando se fala em justiça social, mas se cala no caso do calote das Americanas. E também, essa gente, ignora as carpas sacrificadas por ordem de dona Michelle, para catar as moedinhas atiradas no espelho d’água do Palácio da Alvorada. São mesmo muito cínicos. Ah! Pra fechar! Ontem delirei ao achar um post do Carluxo. O minino problemático e mimado desafiava a mostrar uma boa ação do novo governo. Prontamente um usuário respondeu: ” tirou seu pai do governo!”
São infelizes, não dá para essa gente ser feliz, vou buscar a minha e a nossa felicidade com a liberdade e com a democracia.
Aqui é Brasil!
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Graças a filosofia de um sábio, pouco estudo, mas muita experiência, aprendi que "sempre devemos ser oposição. Tão logo a oposição vença, devemos voltar à oposição ". Penso que já é hora de virarmos a página, mudarmos de assunto, o derrotado esta derrotado e o vitorioso tem muito trabalho pela frente, que tenha sorte, responsabilidadee competência. Vamos tocar o barco que "nós, povo," temos as contas para pagar, inclusive as deles, ai incluindo os salários de FHC, Dilma, Temer, JB e Lula.
Já assinei! A eleição acabou e agora é a nossa (?) vez de governar! (olhe) Pra frente, Brasil!
Enquanto a Justiça não cuidar dessa turpe extremista_ " O Povo que subjuga outro forja suas próprias cadeias"._,a Democracia sempre estará em risco e ninguém conseguirá ser feliz. É mais um terceiro turno a ser vencido," e o último capitalista a ser pendurado será aquele que nos vendeu a corda."
O contrário do contrário.
Quanta pixotada.
Com cara, nome e sobrenome. Assumidamente e não no anonimato. Tipo voto aberto, jamais secreto. Até votei em dois conservadores e anuncei ambos. Daria opinião na moita? Nunca!!!