Eu vi o mês de maio nunca chegar ao fim. Parecia uma perseguição, polícia contra ladrão. O dinheiro guardado para as cinco semanas contra o dinheiro tomado pela inflação cada vez menos transvestida de reformas institucionais. Assim, o mês de maio, conhecido por ser blasé, nunca chegou ao fim. Até o dia de hoje.
Amanhã, quando o sol raiar no oriente, será o meio do ano aqui. 2021, – ou 2020 parte 2, para os mais chegados – está tomando o rumo de casa e se tornando, como todos aqueles que vieram antes dele e os que virão depois, uma lembrança, talvez um pouco menos calorosa e com certeza menos revisitada pelos saudosos.
Ainda assim, na nossa pressa de empurrá-lo pela porta dos fundos – por onde ele veio – trazemos pelo outro lado um ano de eleições, que, como promessa, serão surpreendentes. Mas a surpresa, assim como tudo o que não se espera, é superestimada. Particularmente, mantenho meu mantra “nós nos preparamos para o pior e esperamos pelo melhor”.
Talvez em junho compartilhemos de melhor humor. Dias mais curtos, noites mais longas. Temperos e temperamentos mais amenos, ideias menos rígidas sobre tudo. Menos passeios de moto, mais agulhas. Dias mais leves, menos ansiolíticos. A vida como ela era.
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Achei que Maio havia passado lento e desastroso só por aqui. É bom me reconhecer no infortúnio alheio.