Não me refiro à quase trilogia do filme, cuja primeira versão foi lançada seguramente há uns trinta anos passados. Lembro-me que essa fita lotara as salas de cinemas numa divertida comédia musical. A história da película antiga mostra uma testemunha de um crime que – protegida – é colocada num convento disfarçada de freira e sua maneira extrovertida garante o sucesso da ocasião.
Estou acompanhando, ainda que oferecendo muita resistência, às transformações que a vida nos impõe e agora – com a pandemia –, vivendo mudanças jamais imaginadas. Nasci no final dos anos 50, passei minha infância e início da adolescência em Araxá – naquele tempo muito conservadora – e quando tive de mudar para Belo Horizonte recebi um choque positivo de realidade.
Tanto cultural quanto de hábitos. De cara, passando pelas ruas da cidade, via de perto as lojas “Inglesa Levi”, “Abdala” (fogo na roupa), “Mesbla” e os cinemas de rua como “Palladium”, “Acaiaca”, “Pathé”, “Metrópole”, além de ir ao Mineirão ver o meu time do coração. Isso tudo era por demais mágico, pois parecia saído da tela preta e branca da TV Itacolomy e das ondas das rádios Guarani e Inconfidência de encontro ao meu olhar atento e curioso.
Já durante a juventude, num vai e vem interminável entre minha terra natal e a capital que me adotou e que conquistava lentamente meu coração, pude vivenciar um rico e efervescente momento político e cultural brasileiro. Fui moldado em meus princípios morais e éticos na resistência ao autoritarismo e no combate ao regime de exceção que o Brasil experimentou por amargos 21 anos.
Mas as incríveis mudanças de hábitos, pessoais e de costumes de cada ocasião, não passaram despercebidas aos olhares da minha geração. Nós, hoje com 50, 60, 70, 80 anos, testemunhamos avanços extraordinários nas ciências, consequentemente na medicina e tecnologia que são estranhos à geração atual que se ocupa mais com aparelhos de conexão que nós com o cigarro; cerveja, cachaça ou whisky; tirar a carteira de motorista e contar com a permissão dos pais para dirigir.
Era chique tomar whisky com guaraná e acender um cigarro antes de chamar uma moça pra dançar na “hora dançante” ou nos “bailes da vida”. Tudo isso ficou demodê (vale também démodé – do francês), ou seja, fora de uso e antiquado. Hoje fumar é horrível, antes era chique (chic do mesmo idioma da França) e servia de desculpa para não ir ao cinema com a namorada. Afinal ficar uma hora e meia ou talvez duas sem acender um cigarro causaria desconforto.
Nos tempos atuais quem fuma é discriminado, lá o não fumante era considerado um fresco. Não era homem de verdade. Não beber, igualmente era motivo para ser segregado da turma de juventude. Neste aspecto, entre perdas e danos – reconhecendo algumas grandes e indiscutíveis conquistas –, lamento que as redes sociais não tenham sido mais bem aproveitadas para o bem estar de toda a humanidade. Covardes, muitos deles se utilizando de perfil fake (falso, nos tempos atuais nem tentam mais se ajustar ao português, tudo é americanizado) para ocultar sua verdadeira identidade e intenção promíscua.
Em meio a isso, nos tempos recentes – notadamente nos EUA e Brasil que tentou seguir o modelo trumpista – uma minoria se apropriou de um falso discurso de moralidade e incendiou raiva entre as pessoas. Lá na América do Norte a situação foi temporária e, apesar da sinalização de não entrega do poder, a transição foi pacífica.
Aqui, essa mudança de hábito de alguns trumpiniquins que pareciam equilibrados e se deixaram levar pela pregação desse discurso de falso moralismo, ainda insistem nesse lamentável ensaio de impor à ditadura da minoria. Falta leitura e talvez sobre tempo para o luxo do cigarro e bebida comprada com dólares ou euros. Aqui tem quem acredite que o poder econômico supera a vontade popular, apoiados por PD – pobres de direita – que são alguns poucos idiotas que adoram posar de poderosos. São tão pobres, que só tem dinheiro.
Muitos carrões desfilam pelas ruas alimentando esse ódio e nas redes sociais encontram ressonância a quem devia se ocupar em ler e estudar no lugar de se utilizar do ctrl+C, ctrl+V. Estou afirmando que muitos que defendem esse ataque de aversão e ira ao semelhante, jamais se valeram em pesquisar e confirmar o que vomitam nas suas e nas redes sociais que invadem, repetindo – sem escrúpulos – o famoso copiar e colar. Triste nação!
Como mudamos de hábitos nesses últimos tempos meu amigo. Eu já fumei chiquerrima kkkkkkk
Hoje não suporto o cheiro
Beijo grande
Prezado! Puro suco do q hj é o brasil_ minúsculo proposital_ desenhado no último parágrafo. Formiga só trabalha pq ela não sabe cantar…o pobre burguês fede!
Muitos carrões desfilam pelas ruas alimentando esse ódio e nas redes sociais encontram ressonância a quem devia se ocupar em ler e estudar no lugar de se utilizar do ctrl+C, ctrl+V. Estou afirmando que muitos que defendem esse ataque de aversão e ira ao semelhante, jamais se valeram em pesquisar e confirmar o que vomitam nas suas e nas redes sociais que invadem, repetindo – sem escrúpulos – o famoso copiar e colar. Triste nação!
Perfeito Eduardo, triste nação!