Sandra Belchiolina
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Buenos Aires é uma cidade amigável e muito fácil para os brasileiros irem. A primeira vez que estive lá, pude conferir sua fama de cidade mais europeia da América do Sul.
De lá para cá, com a globalização, todo o mundo mudou e Buenos Aires talvez tenha voltado a ter mais ares de América, quiçá o resto do mundo também. E o charme continua.
Escrevo novamente sobre as viagens e os diferentes desejos dos turistas para desvendarem as cidades. Eles não são excludentes, e sim complementares e enriquecedores.
Certa vez, em Buenos Aires, discutindo com amigos sobre nossos interesses na cidade, me deparei com três desejos distintos.
O meu: ir de Buquebus de Buenos Aires à cidade de Colônia do Sacramento, no Uruguai. Fizemos uma deliciosa travessia no Rio da Prata.
A embarcação tem decks amplos e confortáveis, free shopping e lanchonetes. É um meio de transporte muito agradável entre os dois países.
Para aqueles com tempo, a viagem pode se estender pelo Uruguai. E os que estão retornando a Buenos Aires, e querem dar uma espiada no país vizinho, como eu, é uma boa pedida conhecer essa cidade colonial que é um charme. O transporte pode ser utilizado com destino a Montevidéu também.
O tempo da travessia é maior e a cidade é grande para um bate-volta. Em outro post falarei do Uruguai e incluo a Colônia do Sacramento.
O outro desejo foi permanecer no Caminito – rua-museu que fica no bairro de La Boca. Mas por que permanecer? Gosto muito do city tour, mesmo que já o tenha feito em viagens anteriores.
Os guias, que acompanham o tour, são pessoas locais e sempre nos atualizam sobre o que está acontecendo na cidade, além de compartilhar as riquezas históricas e culturais do lugar.
O trajeto do city tour em Buenos Aires é feito, normalmente, na ordem: passamos por Recoleta, Palermo, Palermo Soho, com uma parada para fotos na escultura metálica Floralis Generica, Obelisco, Teatro Colón, Mafalda.
Depois, paramos novamente na Plaza de Mayo onde fica a Casa Rosada – são muitas galerias de souvenir na região, no estádio La Bombonera.
Depois, uma parada em Caminito, para as fotos e a tradicional dança com bailarinos de tango. Ali ficamos para aproveitar mais dessa região colorida e festiva de Buenos Aires. Voltamos de táxi para o hotel.
O terceiro desejo – e o único gastronômico: ir ao restaurante El Luis Pobre. É um restaurante que está sempre lotado e reservas antecipadas são necessárias.
Ele fica fora do principal eixo turístico de Buenos Aires, no Bajo Belgrano. É um lugar que tem sua própria identidade, decorado com muitas camisas de times de futebol – vi até a do Cruzeiro, time mineiro (Zerrooo…)
Segundo Bruno Agostini, na reportagem: Melhores restaurantes Novos e Antigos de Buenos Aires, ali “podemos encontrar uma parrilla com perfil ligeiramente diferente das demais de Buenos Aires. O uruguaio Luis Acuña, dono e chef, faz um ‘asado’ à moda de seu país.” Adorei o restaurante, é pitoresco e a parilla maravilhosa.
Próxima semana tem mais. Até!
Para saber mais:
– https://oglobo.globo.com/boa-viagem/os-melhores-restaurantes-novos-antigos-de-buenos-aires-5073595