Até o próximo inverno

  Silvia Ribeiro Não faz muito tempo eu quis usar o termo “esnobe”. Mas isso me deu um certo desconforto causando o receio de uma provável ofensa. Imaginei que eu poderia ser cambaleante nos meus achismos e isso insultaria os meus preceitos, sendo que tudo o que eu queria naquele momento era ser uma boa anfitriã. Tenho muito constrangimento quando se trata de magoar as … Continuar lendo Até o próximo inverno

Nova Lima

Peter Rossi   Aquela era uma cidade como poucas são. Nossas cidades tendem a ser especiais, únicas. As cidades, cenários de nossa infância que povoam nossos corações, mas que só quando adultos percebemos. Minha terra era assim. Simples e plena. Cercada de montanhas, muitas montanhas, todas cobertas de verde e pedras. Mais verde que pedras, é verdade. Como eram lindas essas montanhas. Alcançavam as muitas … Continuar lendo Nova Lima

Antipatia semântica 2

Cá venho eu contar sobre mais duas palavras que me causam irritação. O interesse nesse tópico não cabe a ninguém além de mim mesma, porém compõe o rol das inutilidades que, por uma razão ou outra, preciso dividir. Na falta de um ouvido mais próximo, o imbróglio coube a você, amigo leitor. 🙂 Lembrei-me de tais verbetes por motivos diversos na semana passada e, ao … Continuar lendo Antipatia semântica 2

Sobressaltos do dia a dia

Tenho vivido num estado de melancolia, já faz algum tempo, resistindo e vencendo sugestões de desanimo com projetos e fantasias para o tempo que ainda me resta nessa passagem no plano existencial. Não, já vou logo avisando, nada de depressão – por favor – só um tanto desiludido com os rumos que o planeta e os nativos desta terra descoberta por Cabral insistem em caminhar. … Continuar lendo Sobressaltos do dia a dia

Todos os dias na minha cama

Silvia Ribeiro Quando te vi uma estranheza tomou conta dos meus pensamentos. De onde vinha aquela fascinação farejando o meu cio? Uma fêmea com uma sutileza tresloucada abrindo vergões nos meus desejos e os tornando cada vez mais astutos e disponíveis, sem pensar na rotina e nem nas paixões que ficaram fora de moda. Uma coleção de esperança capaz de dar trégua ao que parecia … Continuar lendo Todos os dias na minha cama

Quando eu morri

Rosângela Maluf   Ontem, quando eu morri, era quarta feira, 19 de abril, dois dias depois do meu aniversário de 50 anos. Não pensei que uma cirurgia tão simples pudesse terminar numa parada cardíaca. Estou achando que me vou cedo demais, mas não teve mesmo jeito. A moça de azul entrou na sala do CTI, verificou os fios, suspirou profundamente, me olhou e apertou uma campainha que, imagino, … Continuar lendo Quando eu morri

Bondade

Em momentos de aflição, existem duas frases que piscam em minha mente feito letreiros luminosos na escuridão. Elas me dão esperança de sair dos problemas e de pensar que algo de bom eventualmente irá acontecer.  Uma delas tem a autoria atribuída a Chico Xavier e diz assim: “O bem que você pratica é seu advogado em toda parte”.  Esse advogado já me defendeu por diversas … Continuar lendo Bondade

Essas mulheres maravilhosas

RARAMENTE REPITO TEXTO, MAS HOJE – COM A PERMISSÃO DAS LEITORAS E LEITORES – OPTEI POR VOLTAR COM UM QUE MUITO ME TOCOU QUANDO FOI PUBLICADO. COISAS QUE SINTO E NÃO SEI EXPLICAR. BOA TERÇA! Eduardo de Ávila Sou originário de um sistema matriarcal. Nascido no final dos anos 50, sempre tive na minha mãe um exemplo de responsabilidade com o trabalho, assim como nas … Continuar lendo Essas mulheres maravilhosas

Viro pro canto e vou dormir

Silvia Ribeiro Quando chega a noite tenho umas inspirações meio loucas. Apago as luzes do meu quarto e na minha cama fico pensando no que eu iria te dizer e nesse instante só as estrelas me entendem. Será que essas palavras chegam até você? Talvez eu nem precise perder tempo com hesitações, já que os meus olhos já te disseram tanto. Ainda assim alguns sentimentos … Continuar lendo Viro pro canto e vou dormir