Carrego comigo 

Carrego comigo o mundo a rodopiar, feito bailarina que dança solitária numa caixinha de música. Carrego comigo lembranças que se misturam entre si, e que não conseguem entender as intenções do destino. Carrego comigo doidos faz de conta que se encantam pela ingenuidade do meu coração, e que se tornam verdadeiramente amigos da minha necessidade de aconchego. Carrego comigo meninices ainda frescas não obedecendo o … Continuar lendo Carrego comigo 

Antítese

Por que sofremos tanto a perda das pessoas queridas, se sabemos que é um caminho natural a todas as pessoas? Inclusive nós mesmos. Que dor é essa que nos aflige, mesmo sabendo, às vezes, que aquele que partiu vivia em grande sofrimento? Ao final de cada ano, é comum que façamos uma reflexão sobre aquilo que experimentamos no período delimitado no calendário. Comemorar as vitórias, … Continuar lendo Antítese

Luzes de Natal

Sandra Belchiolina O espírito de Natal chega sem alarde. Baixa em nós como um sopro e nos lembra que Natal vem de nascer. E nascer é isso: renovar desejos, refazer promessas, insistir na esperança de um mundo mais habitável. Ano após ano, repetimos o ritual da renovação. Queremos deixar para trás o que pesa, o que fere, o que cansa. Com a proximidade do ano … Continuar lendo Luzes de Natal

Reta final de um ano difícil

Eduardo de Ávila Não sou de reclamar, ao contrário, procuro sempre – espiritualmente – aprender com cada dificuldade. Entendendo a cada passo e a cada dia que o tempo impõe limites às capacidades física e intelectual, sigo oferecendo minha resistência a cada tranco que Ele manda para essa finalidade. Aprender e aprimorar! Ouvia muito, quando mais jovem, sobre amadurecimento e em seguida relacionando se faria … Continuar lendo Reta final de um ano difícil

A chave

Me transportando para um lugar de relações humanas, observo episódios que colocam em dúvida o que é real, e o que é coisa da cabeça. A rotina enlouquecedora dos dias atuais, não justifica a falta de fluência entre as pessoas e uma comunicação verbal áspera. Gestos que mais parecem torrões de indignações jogados na nossa cara. O curioso é que os sentimentos “ditos nobres”, tão … Continuar lendo A chave

Quem vem lá?

Qual a expectativa de conquista, ou presentes, para crianças que se empenharam todo o ano, para não desagradar o Papai Noel? Ao final de cada ano, naquele bairro – uma pequena vila – instalado na encosta de uma colina íngreme, os olhos das crianças assumiam novo brilho. Era perceptível a diferença para os olhares dos dias comuns. Havia uma esperança que não se percebia nem … Continuar lendo Quem vem lá?

Escrita

Sandra Belchiolina Quarta-feira, manhã, quase tarde, minha crônica já deveria estar pronta para ser publicada amanhã. Mas, quase nunca elas estão nesse horário. Espero o último bater do sino. Ai, ai! E me ponho a pensar… O que me faz escrever toda semana e, especialmente, para uma postagem de quinta-feira, às 07h00, em um blog? A resposta não pode ser outra além do desejo pela … Continuar lendo Escrita

Entre sábios e velhacos

Se tem algo que a mim encanta é viver e conviver com pessoas que me estimulam com sua inteligência. Só de ser aceito entre elas me basta, até porque é sinal que demonstro empatia e procuro aprender com gente que sabe a que veio nessa existência. E, confesso, aproveitei muito mais com essa gente privilegiada que nos 20 anos de bancos escolares. Sem desconsiderar a … Continuar lendo Entre sábios e velhacos

Um dia qualquer

Você, caro leitor, também se sente um tanto desconfortável, aos moldes do que nos traz a ótima música “Precipício” (1975) de Carlinhos Vergueiro? Veja o que essa pérola nos apresenta, desde a década de 1970, um ano antes do brutal assassinato da linda “Pantera de Minas”, Ângela Diniz: “Tudo já foi dito,  já foi dito tudo, … Que maldito meu tempo Que maldito nosso tempo … Continuar lendo Um dia qualquer