Silvia Ribeiro

Antes de mais nada seja fiel ao que você sente.

Se você está numa relação regada apenas pela vontade do outro já não é preciso fazer muita coisa. A não ser, virar a página e deixar que a vida transcorra de forma menos traumática possível, dando aos envolvidos condições de seguir adiante sem ferocidade.

Digo- em todos os âmbitos, formas, gêneros, gostos, cores e etc. Apesar de notoriamente ser um assunto mais comum entre conexões amorosas.

Ninguém consegue se enganar por muito tempo. Uma hora ou outra a conta vai chegar e os sentimentos que estão no vermelho vão praticar algum motim. E fatalmente, irão causar um rombo nas nossas emoções capaz de limpar até aquele nosso antigo cofrinho de porquinho que ficou largado dentro do armário guardando algumas memórias.

Permanecer numa relação se sentindo solitário(a), acarreta discordâncias entre a alma e o corpo que podem abrir crateras abissais no nosso íntimo, e fazer com que a nossa autoestima se sinta rejeitada na sua função. Ao ponto de não querer mais se expressar e se esconder.

Pode parecer loucura!

Ninguém precisa se abalar por alguns instantes de prazer, aplaudir penitências que impõem aos nossos desejos, tampouco, construir um altar para os pecados que nos propagam com o intuito de diminuir as nossas crenças.

É totalmente dispensável se caracterizar com uma maquiagem que não condiz com o que o seu coração está dizendo, ou fazer das suas completudes uma algazarra pra agradar alguém.

Nada disso te fará se sentir a mais poderosa das criaturas, quiçá, a mais gostosa das mulheres. O Brad Pitt dos tesões ou os viscerais românticos à moda antiga.

Se alguma coisa se partiu dentro de você não aceite chicotes, nem se pragueje. Não se vista com farrapos de desilusões como quem desfila uma roupa de grife, nem pense em colecionar cinzas do que não deu certo pra jogar no mar.

Receba os vendavais. Porém, não se esqueça de abraçar a calmaria. Digladie com os revides. Mas, mantenha a sua dignidade intacta. Permita que as falas de um e de outro entre nos seus ouvidos. No entanto, conserve a sua história.

Olhe para o mundo com os mesmos olhos que você gostaria de ser visto(a), tire o dedo do automático quando o tempo quiser falar mais alto, esqueça a bola de cristal e deixe as adivinhações pra quem entende do assunto.

Seja fiel!