Sempre disse que o Poder Legislativo é o espelho da sociedade. Lamentavelmente, nosso Congresso Nacional – com suas duas Casas – tem comprovado o quanto estamos deteriorando valores morais e ética parlamentar. Só a título de Câmara Alta, leia-se Senado, vejamos. Minas Gerais que já teve Benedito Valadares, Camilo Nogueira da Gama, Delfim Moreira, Eliseu Resende, Francelino Pereira, Gustavo Capanema, Itamar Franco, José Alencar, Magalhães Pinto, Milton Campos e Tancredo Neves. Isso ao longo da História e em ordem alfabética.
Nossa representação na Câmara Baixa, no caso dos Deputados, igualmente já teve nomes da maior relevância na política mineira e brasileira. Nos tempos atuais, volto aí por duas ou até três décadas, percebemos um crescente aumento de representantes de grupos – nem sempre recomendáveis – com assento no Congresso Nacional. Nada contra pastores, mas muitos deles que estão exercendo mandato nada tem de religiosidade e sim de pragmatismo hipócrita em “nome de Jesus”. É assim que esses picaretas, usurpadores e exploradores, sobrevivem. Usando o santo nome de Deus em seu proveito próprio.
Teve até um deles, que como parlamentar municipal e depois várias vezes federal, foi guindado ao cargo de presidente. Na ocasião, sob os holofotes de uma rede esgoto de televisão, ganhou visibilidade e tirou do armário um contingente de pessoas travestidas de boas intenções para um confronto que até hoje divide famílias. Enfim, ao que parece, a tv bobo errou na dose e agora conta até com a rejeição dessa própria parcela da sociedade que domesticou e entregou no colo do capeta.
E, quando parecia que tudo ia tomar rumo, essa gente escrota que trabalha e conspira contra qualquer possibilidade de harmonia, coloca lenha e gasolina na fogueira. Atiçam, propositalmente, contra valores e costumes com o objetivo único e determinado de incendiar o país. Capitaneados por um presidente da Câmara dos Deputados, cujo único compromisso é com grupos radicais da extrema direita, pauta e aprova um projeto de lei com a evidente intenção de fomentar o conflito entre governo e parlamento, com reflexos em toda a sociedade brasileira. Entre os aliados dessa baderna, parlamentares de apoio ao governo anterior, como homicida confesso e quem faz saudação nazista, no plenário da Casa. Isso a tv bobo não mostra e tampouco a Mesa Diretora reage. Comissão de Ética? Que ética?
Com isso, o resultado está aí o tal projeto de lei (PL) 1904/2024, um verdadeiro acinte criminoso não só contra as mulheres, mas a nós todos. A intenção, evidente, é provocar a sociedade – usando esses picaretas que se passam por pastores – com a intenção de fomentar e radicalizar em tempos eleitorais. Queria tanto, sem azedar, mas seria legal que ao entorno desses pilantras surgissem vitimas desse açoite à sociedade brasileira. Mas, coitadas, elas não podem pagar pelo pecado que esses impostores cometem. Então, diante disso, declino do meu mau pensamento e desejo força às mulheres, sejam esposas, irmãs, filhas ou o que for desses sujeitos do mal. Eles querem sim guerra eleitoral!
Quem vai assegurar direitos a uma jovem, ainda criança, que foi abusada. Que vai dar à luz a um/a menino/a, que poderá morrer de fome ou – pior pela polícia – sob o olhar impiedoso dessa tal bancada da bíblia. Interessante, essa gente se une e se junta a outra parte do parlamento, chamada de bancada da bala. E assim caminham fornicando e esfacelando a sociedade aos interesses marotos desses picaretas. Todos eles, sem exceção, malafélicos, macedófilos, valândalos, repetindo expressão que já utilizei aqui. Cabe ao eleitor, consciente, nas próximas eleições colocar essa bandidagem para fora do Congresso. Melhorar a sua própria imagem com o voto sagrado de cada um de nós. Sigamos!
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