No domingo último, em meio a muitas prosas com os amigos Mirtes e Sílvio Scalioni (em seu agradável Restaurante Esquina Santê) e ainda o Dudu do B, ouvi desse último uma frase interessante e surpreendente. “Falar a verdade é a melhor maneira de ser muito amado e muito odiado”. Ele, esse meu xará e eu temos isso em comum. As pessoas gostam ou não gostam da gente. Adorei! Surpreendente pois, ele contou que ouviu durante uma missa, mas sabemos que é ateu.
De volta pra casa me debrucei em viajar sobre as razões daqueles que me odeiam. Como são poucos esses registros, confesso que deu tempo e espaço pra compreender cada qual dos meus desafetos. Talvez não os tivesse se nunca mencionasse minha paixão pelo Galo e a rejeição pelo bolsolóide. Como não dissimulo, ganhei essa feliz resistência.
Entre os anônimos rivais do meu time do coração, lamento, mas sinto pela sua escolha a mesma rejeição deles com o meu carijó. E não vou disfarçar pelo politicamente sugerido e correto. Cada qual no seu quadrado.
Quanto ao Bozo – consequentemente ao seu rebanho – igualmente nos mantemos distantes. Não me ocupo com essa gente e, por via de consequência, os mantenho convenientemente distantes da minha área de circulação. Ainda que um ou outro se ocupe em tentar provocar reagindo ao que penso e manifesto. Nem o agiota e tampouco a comerciante e fiscal da vida alheia terão o recibo desejado. São dois que se pautam, diariamente, por me avaliar, julgar e decretar condenação.
Insistirão até o último dos seus dias com seus fantasmas, afirmando e tachando de “comunista” e “petista”. Mesmo sabendo que não sou militante de nenhum dessas duas opções, encontraram essa maneira para contrapor a quem luta por justiça social. E, nesse caso, via de regra, pobres de classe rica que carregam o delírio de se acharem superiores. Não tem noção que são os mais sacaneados pelo conservadorismo que confessam tanto apego.
Já to na metade, entre 60 e 70 anos, e testemunhei muita aberração em nome dessa falsa moralidade. Via de regra associada a fake cristão, esses fantoches que defendem – democraticamente – a volta da ditadura não se informam e agem robotizados pelos verdadeiros usurpadores do sistema. Vale dizer, imbecis!
Por fim, como sou dos tempos da resistência, essas duas fotos me transportam ao saudosismo de um passado muito rico. Refiro a riqueza do pensamento. As feras do Saldanha, que classificou o Brasil para o tri no México, foi preparada nas eliminatórias. Como o João (Saldanha) falava a verdade e reagiu ao ouvir o presidente Médice querendo inteferir na convocação, foi trocado por Zagalo. “Ele escala o ministério e eu escalo a seleção”.
O novo treinador levou o mesmo time e convocados por Saldanha. Nas fotos a comprovação. Apenas Djalma Dias e Rildo não foram, Joel e Edu reservas. Os demais: Félix, Carlos Alberto, Piazza, Gérson, Jairzinho, Tostão e Pelé, todos titulares do tri. Completam a moldura: Brito, Clodoaldo, Everaldo e Rivelino. Até os massagistas Mário Ámérico e Nocaute Jack saem.nas duas fotos. Outros tempos. Hoje, pela cbf e o bolsoloídismo, o brasileiro abandonou até a selecinha.
Ainda não ouviram essa verdade dita por muitos brasileiros. E sigamos!
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