Devolva o ouro que roubou

O título tem relação com o português, Abel Ferreira, que é treinador do Palmeiras. Bom treinador, longe de ser a sumidade que imagina, esse sujeito está tem três anos no Brasil e vem se notabilizando mais pela arrogância e prepotência que pelo trabalho elogiável à frente de sua equipe. E pensar que a presidente – pode ser presidenta também – Leila Pereira tem prestado relevantes serviços não só ao seu clube, mas ao futebol brasileiro.

Tivesse esse sujeito Abel Ferreira, a mesma compostura que sua presidenta, seguramente os porcos – mascote do time verde paulista – seria um dos times mais estimados do Brasil. Este mesmo país que acolheu esse mal-educado português que no domingo último, no nosso antigo Mineirão de jogos (agora virou casa de Shows), avançou sobre jornalista tomando de assalto o celular de trabalho do profissional.

Explicando. Ao final da partida entre o meu Galo e o time treinado pelo português, esse sujeito – acintosa e provocativamente – se dirigiu ao quarto árbitro para doar uma camisa palmeirense. Quem presenciou entendeu ser provocativo, pois subliminarmente intencionava sinalizar que o profissional da arbitragem usava camisa do Atlético. Recusada, como determina o protocolo, e percebendo que estava sendo filmado tomou das mãos do jornalista o celular. Ao devolver, ainda bateu boca com outro colega de imprensa e afirmou que o futebol brasileiro está assim (sem dizer como) por responsabilidade da imprensa.

Dai, me ocorrem vários devaneios, não só sobre o incauto e infausto profissional de Portugal que está trabalhando no Palmeiras. Sobre todo esse contexto. O que esse cara imagina ser para vir a Belo Horizonte, sair daqui com um empate graças a não marcação de uma penalidade clara a favor do Galo, onde juiz e VAR – convenientemente – foram omissos em benefício do time paulista? Os títulos merecidos que o Palmeiras conquistou credenciam esse sujeito a “tomar” celular de jornalista e agredir com palavras outro profissional que estava também filmando? E volto aos bancos escolares, quando estudei o descobrimento do Brasil até chegar a Independência da coroa portuguesa.

Quero o ouro que os portugueses roubaram do Brasil (e de Minas Gerais) de volta. De contra peso, sugiro, devolver arrogantes e prepotentes que se valeram desse roubo para sua formação pessoal e profissional, entre os quais está incluído quem vem ao nosso país trabalhar e ainda falar mal dos brasileiros. Fora Abel Ferreira! Segundo historiadores, foram mais de 200 toneladas do metal (ouro), carregadas ao longo de dois séculos. Tem quem afirme ter sido 800. Então, caro, devolva o ouro que seu Portugal carregou do Brasil, lave a boca, antes de falar do país onde está trabalhando.

Depois disso, pediu desculpas a “quem se julgou ofendido”. Ora, todo brasileiro está ofendido com suas palavras. Dona Leila precisa chamar seus empregados do Palmeiras e dar a eles lições de civilidade. Tem um outro malinha, que usando a camisa do seu time, vai trabalhar e cinicamente provoca. Quando é confrontando, chama a segurança. Borrão! Explico. No setor onde fico, quando um jogador do time paulista tomou um amarelo, ele esbravejou. Reagi e disse que merecia o vermelho. Convocou o segurança (esse mesmo da foto acima) para ficar entre nós, daí – silenciosamente – o trabalhador do “chega pra lá” passou a ouvir o que penso da péssima arbitragem brasileira que favorece aos times do eixo. Cagão o provocador.

Dito isso, ontem circulou a informação de que o stjd da cbf vai levar o caso adiante e punir o português. Eu duvido! Lá tá cheio de cariocas e paulistas que, ao longo dos tempos, punem e absolvem em favor dos clubes do eixo. Exemplos tenho aos montes. Por falar nesses caras que usam toga, onde anda uma tal James – que em 2012 – sacaneou o Galo suspendendo Ronaldinho por lance da televisão? Sumiu! Já no caso do Abel, reitero, quero saber o que ele pensa do ouro que seus ancestrais levaram do Brasil por 200 anos? Como ele qualifica essa atitude portuguesa? A mim, só tem um nome.

E a televisão brasileira, nojenta, que só vejo imagens – sem som e em dias de jogos do Galo – segue marchando e manchando em favor dos beneficiados cariocas e paulistas. Ontem, dia seguinte ao jogo, vejam acima as chamadas sobre a partida. Não seria mais honesto se fosse: “com penalidade clara, não marcada, Atlético fica no empate com Palmeiras”. E mais, esses cretinos, refiro aos cornetaristas do eixo, ainda se prezam a reclamar que o gol anulado foi muito rigoroso. Um deles disse que era centímetros à frente. Fosse os dois lances ao contrário, seria tudo legal. Vão todos pra tonga da mironga do kabuleté!

*imagens: 1) UAI/EM; 2) charge Duke; 3 e 4) redes sociais

7 comentários sobre “Devolva o ouro que roubou

  1. Vc tem 100% de razão. Qualquer Português que vem ganhar a vida aqui no Brasil deveria ao chegar, pedir desculpas pelo passado e agradecer pela oportunidade presente. Em especial aqueles do mundo da bola. Essa atitude desse “treineiro” é, no mínimo, burra. Postura, aliás, adequada à portugueses.

  2. Uma das melhores crônicas, disse tudo. Dá nojo, o comportamento arrogante, deste Portugues, alias, junto com os espanhois, se imaginam ainda colonizadores do novo mundo. Com relação aos comentaristas do eixo, so tem uma definição . RIDICULOS E BAIRRISTAS.

  3. Perfeito. Seguindo a lógica cretina desses comentaristas, se uma bola bater na trave, tem que ser dado o gol (a depender do time que a chutou)…

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