Eduardo de Ávila

Quando aqui neste espaço, dias antes do primeiro turno, fiz um post declarando meus votos registrei e sigo com o mesmo propósito de que minhas escolhas se deram sem qualquer tipo de interesse pessoal. Meus dois candidatos ao Congresso, deputado federal e senador, não tiveram sucesso nas urnas. Já os demais, todos, desde o presidente, governador e deputado estadual foram eleitos para cargos que já ocupam ou ocuparam.

Faço essa consideração para chegar no que desejo deixar explícito aos que me conhecem pouco, pois quem tem proximidade comigo muito bem já sabem o que penso. Não faço escolhas por interesse pessoal, se optei por Lula é por uma razão simples e sem rodeios. Mesmo não sendo petista e/ou militante de qualquer partido, me tornei – isso durante a campanha – um lulista pela sua conduta antes do pleito. Agora, depois da proclamação, minha percepção estava correta.

Enquanto, incentivados pela caserna do poder miliciano, inconsequentes montam barracas em frente aos quartéis, Lula e sua equipe de transição, trabalham para conhecer o buraco e o déficit que a irresponsabilidade do Bolsolóide deixa como seu único legado. Tenho, confesso, me divertido com tanta babaquice dessa gente que – parece que sob o efeito da cloroquina – segue em delírio por vias públicas. Uma piada!

Já no caso do governo de Minas, que também – junto a cerca de dois milhões de mineiros, algo em torno de 35% do eleitorado – optei pela continuidade do governador Zema e de Lula na PR. Em que pese seu conservadorismo, naquele momento acreditava ser o melhor para o Estado, depois de uma gestão financeiro/administrativa muito coerente. Reequilibrou as contas em situação de calamidade deixadas por Pimentel, Anastásia e Aécio.

Interessante, dias atrás as próprias redes sociais do governo e/ou do governador exaltavam que empresas como a Andrade Gutierrez e OAS estavam devolvendo recursos de superfaturamento ao governo. Essas obras referem se ao governo do Aécio, mas o governador e sua equipe só questionam o Pimentel. Muito estranha essa atitude!

Que sigam em seu caminho, como disse no título, “não quero governo pra chamar de meu”. Ainda mais quando percebo tanta varada n’água que seus guris têm dado antes mesmo de tomar posse para o segundo mandato. Memeu, delega a Teteu e Etteu, assuntos relevantes e que deverão nortear os rumos dessa sua segunda gestão. Mas, os ninfetinhos que se proclamam auto iluminados, seguem colocando as mãos pelos pés. Quem pariu algum entre tantos eu, que o embale.

De minha parte, depois de um ano pesado, seguirei sem alterações na minha vida pessoal. Se votei no Lula, condição que esses conservadores não admitem, foi pensando em políticas sociais. Em matéria de bolsa, opto pela bolsa família e não naquela do mercado de capitais. Especuladores que não tem qualquer sensibilidade para quem está passando fome.

Li e me diverti muito nos últimos dias, o meu mercado é o Central, mesmo sem consumir álcool é um lugar agradável e onde não tem ninguém querendo passar a perna no outro. Conheço alguns que me criticam, que seu histórico não recomenda. Sonegadores e caloteiros! Histórias de arrepiar, mas que se postam como defensores da moralidade. Fake cristão e doublê de rico.

Por fim, como mencionei, o ano foi muito tenso comigo. Três cirurgias – fevereiro, junho e setembro – todas delicadas. Perda de uma dileta irmã, exatos três dias depois da segunda intervenção cirúrgica, que me impediu até de ir ao seu velório. Essas eleições, em que um grupo me condenava por votar no Zema e o outro por escolher o Lula, como se tivesse de dar satisfação a quem quer que seja. Até meu time do coração, o Galo, também judiou comigo.

Portanto, a partir de amanhã, entro num período sabático até a virada do ano. Aqui no Mirante, seguirei com minhas postagens toda terça, mas no blog “Canto do Galo”, amanhã posto explicando isso e vou cuidar do físico e do espírito. Em 2023, com melhor fôlego, recomeço toda minha luta e resistência. Agora é férias, ainda que parciais. Não quero governo pra chamar de meu!

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