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A opção de voto é livre e merece respeito

Eduardo de Ávila

Coisa mais chata nas recentes eleições é o desrespeito às opções de voto de cada cidadão. Isso vale para os dois lados dessa polarização. No primeiro turno, em minhas cinco escolhas – já contei aqui – tive dezenas (partidos) diferentes pra cada voto. Desde 13-30-55-11-43, na ordem para presidente, governador, senador, federal e estadual. Enfrentei o patrulhamento de um lado e a pretensão em tirar satisfação do outro. Pode? Phode, né!

Pois agora, como vou repetir meu voto presidencial, diariamente me aparecem os malas – alguns até aparentados distantes que se auto proclamam sábios de seus interesses e nada mais – com aquela ladainha de Lula ladrão. Po##@! Que consciência seletiva, são reacionários que estavam escondidos dentro do armário, verdadeiros dublês de ricos (também conhecidos como pobre premium ou melhor ainda pobre de direita).

Nenhum deles, mas nenhum mesmo, se ocupa em avaliar os 51 imóveis comprados pela família do presidente, com dinheiro vivo, desde as inúmeras mulheres e os filhos dessas relações. O negócio é o Lula com o tríplex e o sítio de Atibaia, sendo que muitos deles, sequer sabem citar os dois casos. Agora, depois do rompimento, voltaram a citar o juízeco marreco e desMOROlizado.

Os demais casos que envolvem o pR, desde pedofilia (no caso das venezuelanas, no mínimo, deveria ter denunciado se não entrou na casa por ter “pintado um clima”, funcionários fantasmas e rachadinhas, milicianos e escondendo Queiroz – aquele que deu cheque pra Micheque, contrabando de madeira, propina aos pastores através do MEC, Polícia Federal sofrendo com interferências, superfaturamento de tratores, caminhões de lixo, ônibus escolares e vacinas, sigilo de 100 anos (pra que? Quem não deve não teme!) e o Orçamento Secreto. Tudo isso não interessa ao perfil do eleitor dele, que – repito – nunca vai passar de um doublé de rico.

Lula, que votei no primeiro turno e vou repetir o voto, não é meu sonho de consumo. Tampouco seu PT, mas desde a polarização com o tosco e atual pR, ao meu pensar, é melhor escolha que os riscos que o Brasil continuará enfrentando num eventual segundo mandato deste sujeitinho. Se legitimado, esse tosco e grosseiro, que não serve para uma prosa num cafezinho de fim de tarde, aguardem o pacote Guedes e enfiem o rabo entre as pernas.

A mim, um ou outro, não vai mudar minha condição de vida. Já com 65 anos – completo em poucos dias – tenho hoje exatos 45 anos, um mês e 15 dias de serviços e contribuição previdenciária de saldo – poderia me aposentar e assistir ao grito dos traídos. Mas, com certeza, ainda vou um pouco mais além de resistência. Meu voto não é por mim, mas pelo meu Brasil e por quem passa fome e anseia por trabalho e remuneração justa. Isso, acreditem, não está na cartilha deste Bozo e de seus apoiadores.

Por fim, minha opção de voto e minha luta – que me orgulho por desde a adolescência ter militado na defesa da democracia – é contra o obscurantismo e as trevas que esse capiroto representa e carrega em sua trajetória de vida. Comprovadamente foi delinquente por onde passou, desde sua vida militar – que foi interrompida por penalidade – vereador e deputado federal inexpressivo (ganhava visibilidade por declarações toscas contra a democracia, mulheres, negros e gays) até assumir o mais alto cargo da nossa Nação.

O epsódio de domingo, envolvendo seu leal amigo o prisioneiro Roberto Jefferson, é a exata dimensão do que essa gente é capaz. Dia 30, portanto, caberá ao eleitor brasileiro definir entre a escuridão e a possibilidade de um novo recomeço civilizatório. Que o bom Deus nos ilumine a todos. O Deus de verdade não esse que essa gente explora por votos e dízimos para pastores malandros e vagabundos.

É como penso, por isso manifesto aqui e não fico enchendo o saco das pessoas que divergem através de mensagens nas redes sociais.

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Fotos: E.M.

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