Fim dos tempos: salada de casca e ossada

Eduardo de Ávila

A primeira é uma montagem de um artista, mas que retrata muito bem o caminho que estamos percorrendo nestes tempos sombrios de boçalnarismo no Brasil. Um presidente, eleito democraticamente – ainda que num momento de histeria coletiva e uma avalanche da mídia nacional – em retaliação às conquistas sociais dos trabalhadores.

Enquanto os brasileiros, notadamente os mais pobres, estão vivendo e convivendo com a miséria, a pobreza, o desemprego, o sujeito promove uma reunião com embaixadores estrangeiros para denegrir a imagem das instituições brasileiras. A obsessão deste senhor, ainda ocupando a pR pelo golpe – sempre defendeu esse procedimento – não tem limites. Se puxar na memória, vamos deparar com aberrações intoleráveis e inadmissíveis para alguém que foi eleito para ocupar o maior cargo da República.

Vejamos. Diz defender a família e se mistura com pseudos evangélicos, todos eles de duvidosa conduta moral, estando o eventual pR no seu quarto casamento. Sobre o auxilio moradia, quem não se lembra, numa entrevista disse que usava essa verba para “comer mulher”. E o que existe de cristão, gente por quem sempre tive respeito e consideração, defendendo esse tipo de presidente não é aceitável. Minha conclusão é que esses nossos “conhecidos” – parentes, vizinhos e até colegas de trabalho – são tanto podres quanto esse patriarca da família boçalnarista.

E, em sua verborragia, seguiu – ao longo dos tempos – e continua vomitando asneiras. Na condição de pR não se acanha em trocar chefe da Polícia Federal por ter sob investigação seus filhos ou alguém próximo dele. Admite isso publicamente. Essas pessoas, que estão ao nosso lado no dia a dia, nenhuma preocupação tem na verdade. São preconceituosos e seletivos. Afirmam, com cinismo, de uma corrupção sem comprovação e defendem essa besta que são exatamente a sua cara e o seu perfil. Bando, ainda bem que são apenas 25%, de cínicos, a maioria deles pobres de direita, que se acham com autoridade e propriedade para massacrar aos que verdadeiramente necessitam de ações governamentais para sua sobrevivência.

E o resultado, em meio a um “brienfing” presidencial com os embaixadores, são pessoas vivendo na miséria e sem assistência social de um governo na contra mão da história e da modernidade. Enquanto o pR, numa ação “trumpista” tenta seduzir ao mundo para justificar suas ações golpistas, o brasileiro vai às compras no Supermercado da Miséria. Ossos, sim ossada com restos de carne; vísceras, pés e pescoços de frango são comercializados por frigoríficos tendo como potenciais compradores pessoas que estão em situação de vulnerabilidade.

Se a ossada já é realidade, em breve – não se assustem – se entrar no mercado a salada de casca será mais um passo do projeto de massacre dos defensores de Trump e seu seguidor tupiniquim brasileiro. Pensar que ainda existe um quarto da população brasileira que defende esse traste é algo deprimente. As futuras gerações serão penalizadas pela ação inconsequente de quem acha bonitinho e engraçadinho defender essa política capitaneada pelo capitão expulso do Exército e que numa teve nota boa enquanto frequentou banco escolar.

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