Acho que vou morrer, não sei daqui quanto tempo e espero que ainda demore bastante, nesse conflito em conviver com a chatice das redes sociais. Já, em tempos nem tanto distante, dei uma sumida desse desconforto. Congelei facebook e selecionei whatsapp. Acabei cedendo e, ainda que lentamente, fui voltando a essa modernidade.
O lado bom é que (re)encontrei pessoas de convivências antigas, que a vida separou por décadas. A agilidade nas prosas, dispensando as ligações telefônicas – que quando necessárias opto pela autorização prévia do outro lado – é outro interessante avanço que a tecnologia possibilitou a todos. Existem, acredito, mais vantagens que dissabores.
Entretanto, o chato não se esconde, anônimos em sua maioria ou mesmo aqueles que um dia cruzaram nosso caminho e que – por razões diversas – rejeitam nossa presença e se especializam em contestar tudo aquilo que postamos. Desde invejosos, sem razão, mas que não suportam de suportar o fato de um time do coração e/ou até mesmo opções políticas para um Brasil melhor. Cada um na sua concepção, claro, até porque não entro nas páginas de terceiros para contestar essas e outras escolhas puramente pessoais.
Pois que, tem gente – infeliz eu diria –, que faz plantão aguardando o próximo post daqueles que pensam diferente, para invadir e provocar. Tenho reagido. Gente chata, que nunca dediquei qualquer tipo de convivência, verdadeiros paladinos e fiscais do livre pensar. Tem um, que seguramente não o vejo tem décadas, que pela segunda vez teve de tomar um coice meu para sorrateiramente se passar por ofendido, confessando que sua birra comigo é pessoal e em nada tem relação com o contraditório exposto.
Outro, igualmente reincidente, com ares de intelectual e justiceiro, também mereceu minhas considerações. Esse, até o momento, enfiou a “viola no saco” e vazou. Não sem antes, sorrateiramente, curtir a minha reação à sua invasão de opinião. Todos eles, até mesmo no whatsapp, com a intenção clara e manifesta de provocação. Longe de tentar persuadir e refletir sobre o seu pensamento. Nesta ferramenta, pela segunda vez avisei a um amigo de mais de 50 anos, ou ele parava ou teria de bloquear.
Situação que fui obrigado a fazer com alguns poucos, menos que os dedos de uma mão, por absoluto desconforto em conviver com gente que não é chamado à prosa e insiste na aporrinhação. Meninos e meninas, que outrora foram pessoas interessantes e que deixaram de sê-los, fedendo a mofo de conservadorismo. Nem por isso me julgo autorizado a questionar esses imbecis, que insistem no patrulhamento de quem pensa diferente.
Não vou sair de novo das redes sociais, em que pese essa chatice, pois no balanço dos prazeres e desprazeres, o primeiro – assim como o bem vence o mal – supera de longe essas malas. No máximo, mesmo resistindo, fazer com que seja necessário usar a outra mão para bloquear mais essa gente inconveniente.
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É difícil aguentar. Que se conteste com nível e dependendo do assunto em particular. Acontece que muitos deles, anônimos covardes, optam por te agredir para aparecer. Sinal clássico do “machismo” estrutural, sendo o “ mito” seu guru dos seus sonhos! Late bastante e frente a alguma reação, corre com o rabinho entre as pernas em que pese, sua retaguarda de saudosistas militares. Depois volta com as mesmas mentiras para manter o marketing do valentão.
Não vejo vc provocar, apenas defende ideais democráticos e humanistas. Mas isto ofende os muitos que esperam a volta da escravidão para aumentarem seus privilégios. Só pode ser isto. Tem um pensador contemporâneo , o Pedro sabe qual, que diz “ todo mundo sonha em ter um escravo”. E eu acrescento: alguns conseguem! ( Cá entre nós, refiro-me a casais. Kkk)
Rede social e a antiga conversa boa ou ruim de boteco, de depois da missa, de depois do jogo ou de depois da festa não se diferenciam pelas qualidades do falatório, senão pelas velocidade e quantidades e modos de atingir aqueles a quem se destinam os seus conteúdos. Quando a internet deu mostras de que não era fogo de palha, ali nos início da década de 1990, Humberto Eco passou o rodo: aquilo seria espaço de exposição de papo furado, papo ruim, papo bom, distração, fonte de informação, avanços positivos, manipulações e por aí vai. Por aí tem ido. Por aí irá. Ruim mesmo é ver os canalhas, a maledicência, a ignorância, a covardia, o jogo sujo, a mentira e coisas parecidas avacalhando intencionalmente as convivências. Os contrários disto, patinam. Ainda assim eu prefiro estes patins.
Me identifiquei com o seu sentimento em relação à chatice das redes sociais, me diferencio , no entanto, no patamar da tolerância cada dia mais curto com a ignorância (afinal tenho sangue dos “major” dos Araxá)
“As redes sociais vieram nos mostrar que aqueles que a gente achava que eram ativos são bobos e os que a gente achava que eram bobos são muito mais."
*Conclusão mais que acertada de um sobrinho meu.