Caríssimas e caríssimos, ainda comovido com a perda prematura da Margarida – irmã – reproduzo uma cartinha pós mort dirigida a ela. O sentir da Malu, uma entre 13 sobrinhos-netos (mesmo número de netos da mamãe e papai), reproduz nosso sentimento familiar. Com meu beijo a cada leitor, amigos e familiares.
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For: Tia Balida
From: Malu
Oioi, Tia Balida, eu sei que é impossível você ler isso, mas mesmo assim, queria falar que todo mundo vai sentir muito sua falta aqui :(. Acho que a pior “cena” da minha vida foi te ver naquele caixão, coberta por variadas flores, com tantas pessoas em sua volta, as quais tanto te amavam. Queria também agradecer, por tudo, as idas no Barreiro; os “tantos” reais que você já gastou com a carroça; todos os sábados, domingos e feriados que eu te ligava para me levar na Isa; quando você me levava no Pizzaiolo; quando os tios vinham nos visitar, as suas jantas; nossos passos pela cidade, as festas do pijama e principalmente os Natais <3. Vou sentir falta das bolinhas de caramelo que você comprava sempre. As idas no Barreiro não vão ser as mesmas, não terá mais a banca para comprarmos pacotes e pacotes de figurinhas de álbuns que a gente nem tinha. Os Natais não vão ter mais clubinhos, nem mesa das crianças, aquela que você sentava e expulsávamos o Gegê, não vai ter mais a mesinha que você sempre deixava reservada para mim, para o Francisco, para a Isa e a Toia para a gente jogar e brincar com nossos presentes, não vai ter mais a Carmem para cantar, nem aquela ceia com a carne, arroz, farofa (e etc) de sempre. As festas do pijama eram as mais incríveis, lembro que passávamos no supermercado para fazer nosso estoque, comprávamos balas, salgadinhos, refrigerantes, doces, chicletes, principalmente os de menta, da (do?) Trident.
Lembro de estar na sala da sua casa com a Isa e a Toia, quando você deixou aquela colher de sorvete cair no chão e fez o maior barulhão, aquele dia foi muito bom :). Um dos melhores dias que eu dormi na sua casa foi na quarentena, quando já estava bem tranquila a pandemia e era férias, a minha mãe foi no supermercado e encontrou a Malu Borges e levou ela lá, aí ela dormiu com a gente, no final eu dormi dois dias seguidos e foi incrível :). Enfim, obrigada.
Linda carta. Amor em família é tudo. Margarida no céu é a transubstanciação do que ela foi na terra. Deus teje, Eduardo!
Ahh, que bela homenagem. Quanto carinho sua irmã dedicava a criançada. Força pra você e toda família. Abraço.
Muita saudade a Balida vai nos deixar….me lembro de irmos ao cinema, eu, a Di e ela, e falávamos..Balida, paga a bala vc tem casa de aluguel.!! Kkkkkkk ela pagava!!!!
Margarida era bonita, delicada, elegante e – mais que tudo – gostava dela por intermédio dos meus netos! A carta da Maricotinha me comove e resume essa admiração, esse sentimento! Sem a Balida, garanto, o mundo fica mais árido!
Que lindo Malu! Isto sim, é homenagem!
Expressar com o coração, as verdades que estão guardadas, é iniciativa de poucos ,neste mundo em que estamos! Parabéns princesa por colocar tão bem,o que representou e quanto carinho recebeu de sua amada BALIDA! Bjos! Ame
Malu continua me encantando com sua sensibilidade. Que saudade da Margarida!
Caro amigo Eduardo: as manifestações acima são uma amostra dos profundos sentimentos que as pessoas dedicam a você. Com meu abraço afetuoso, desejo que essa energia o ajude bem como à Malu a integrar as lembranças da especial Margarida como uma riqueza especial de Vida.