1) Aos poucos, a vida lhe mostrou que a mulher da sua vida não era quem ele imaginou que fosse e, que, aliás, nem mesmo uma mulher fosse.
2) O homem com quem ela se apaixonou apareceu justamente quando ela pensou que estava perdidamente apaixonada.
3) A dor de ser traída no casamento lhe transformou em uma nova mulher, independente e livre. Não demorou e ela encontrou não apenas um novo amor, mas dois. Assim, descobriu a felicidade nos vértices de um triângulo amoroso.
4) Uma vida inteira de desilusão amorosa o tornou um velho ranzinza, solitário e cheio de manias. Quando encontrou uma moça 20 anos mais nova, ele sabia que era uma questão de tempo até ela enxergar que geriatria não era a sua praia. Dito e feito. Assim que ela o abandonou, o velho pulou da janela. Só não contava que cairia em cima de uma viúva bastante enxuta que passava por ali, bem na hora. Sobreviveram os dois e casaram-se.
A vida é mesmo traiçoeira para aqueles que desejam planejar e controlar os acontecimentos, sobretudo, aqueles de ordem afetiva e emocional. É um choque descobrir que não estamos no comando da nossa própria vida, tarefa esta designada ao plano superior — Deus, Universo, Providência.
Os encontros e desencontros relatados acima são inspirados no filme “Tudo Pode Dar Certo” (2009). Por mostrar a vida como sendo aquilo que era certo, mas que deu errado, revelando-se, ao final, que o errado sempre foi certo, o filme é para mim uma das obras mais brilhantes de Woody Allen.
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