Eduardo de Ávila
Os tempos recentes estão, salvo melhor juízo, surpreendendo negativamente a cada novo dia. Não bastasse a infelicidade brasileira com o mais tosco presidente de todos os tempos, superando os piores diagnósticos da economia e liderando o ranking do descaso com a crise sanitária, nem mesmo o meu time do coração conseguiu o título brasileiro recentemente. Aliviaria, claro!
Brincadeiras a parte, é muito duro entrar nos sites noticiosos e constatar que estamos talvez no pior momento desde o início da pandemia, e seguimos como se nada estivesse acontecendo. Me incluo neste rol, uma vez que depois de quatro meses confinado (março a julho de 2020), confesso que não consigo mais me impor ao isolamento.
Ontem, segunda-feira, chegamos ao terceiro dia consecutivo com o registro de maior média de mortes diárias. A tão sonhada imunização de rebanho, atrasada por responsabilidade exclusiva e pessoal do pr, que insiste em sua pregação “negacionista”, seguido por quase 30% da população. Sou adepto da teoria do “não quero ter razão, quero ser feliz”. Com isso, cada dia mais, evito embate com quem defende o comportamento desse sujeito.
Tão doentes e tão débeis quanto ele, têm em sua fala – sem medo de errar – componentes de teorias fascistas. Vejamos, como explica o pensador e filósofo italiano Norberto Bobbio. “O fascista fala o tempo de corrupção”. Menciona o ocorrido na Itália, em 1922; Alemanha, 1933; Brasil, 1964. Que agora é reprisado com o reforço das mídias antissociais e a agressividade deste tipo de gente.
E segue Baggio: “Acusa, insulta, ataca como se fosse puro e honesto”. E prossegue: “O fascista é um criminoso. No poder, ele não hesita em torturar, estuprar, roubar seus pertences, sua liberdade e seus direitos”. Finaliza afirmando: “Mais que corrupção, o fascista pratica o mal”. Temos gente assim perto de nós. Alguns poucos por pura convicção e por assim entenderem que deve ser a política e outros – infelizmente – “inocentes úteis” doutrinados por essa gente do mal.
Entre sobressaltos, sigo minha caminhada – até quando, não sei – cada dia mais desanimado com o futuro da humanidade. Em termos de “pátria amada Brasil”, desolado ao assistir pessoas que até então me eram merecedoras da maior e mais admiração, mergulhadas – conscientes ou não – nesse mar de lama capitaneado por um capetão capiroto.
E o mais maluco disso tudo, naquela máxima do rir pra não chorar, na formação desse exército existem pessoas que em nada se comparam aos grandes beneficiários deste sistema. Esse gado, formado por pouquíssimos aproveitadores, é apoiado por uma classe média baixa que se acha rica e poderosa. Preconceituosos em todos os sentidos, desde raça, religião, opção sexual, e – especialmente – por quererem ser mais que o seu semelhante. Quero dizer, pobre de direita, aquele que não tem absolutamente nenhum peso econômico, mas que tem pose e tenta se incluir onde não lhe cabe. Pobre soberbo!
Esses, coitados, serão as primeiras vítimas. Jamais, se vingasse esse regime (bate na madeira), seriam convidados ao banquete. Nós outros, que nunca pensamos em ir nessa festa, então não vamos bater com a cara na porta. Enquanto isso, o pr segue insistindo com suas maluquices médicas (não serviu para paraquedista das Forças Armadas) e negacionismo, a doença segue matando a caminho das 300 mil vítimas desse genocídio patrocinado por um governo sem rumo.
Excelente, “sem comentários”
Vivente! Para quem pensava que o período entre 64/84 seria a maior mácula imposta na história da terra brasilis não podia_ ou poderia, quem sabe_ imaginar que o pior ainda estava por vir. Novamente foram abertas as portas do inferno no brasil_ minúsculo proposital_ e fecha-las não será nada fácil. Realmente a escolha era ‘ mudifício’ só não esperava-se tanta dificuldade junta. Salvem a economia e f#$am-se as vidas_ aqui não contém ironia, é este o pensamento da caserna_. Tempos difíceis prezado,e, é só o começo!