Fez um calorão nesta semana, e não é conversa de elevador. Preocupa, pois, a subida dos termômetros durante a pandemia.
Uma peleja é sair de casa, com o equipamento de blindagem contra o vírus, em temperaturas amenas, como a maioria de nós vinha fazendo desde junho, com o arrefecimento da quarentena. Outro rolê, no entanto, é conviver com a pandemia debaixo de um sol escaldante.
Sabemos que, do lado de cá dos trópicos, não é preciso esperar o verão para sofrermos como batatas cozidas a fogo alto na panela de pressão. Gastando a sola do sapato na Afonso Pena, por exemplo, antes de alcançar a praça Milton Campos, a minha máscara já se misturou à pele molhada, enroscando-se nos pelos da barba empapada, de modo a exigir a intervenção de mãos imundas, tornando-se, enfim, um abominável purê de bactérias.
Em temperaturas altas, respirar o ar quente que expelimos pela boca não é menos inconveniente do que o chá das quatro em algum lugar do Mato Grosso. Mais um motivo para ficar em casa, evitando-se, assim, as anomalias do novo normal? Não para os que veem no calorão um salvo-conduto para abandonar o martírio de pano de uma vez por todas.
Nos escritórios, consultórios, repartições públicas e outros lugares tristes do país o sistema de refrigeração permanecerá desligado nos próximos meses. O ar do ambiente precisa circular. E o paletó, sendo um ultraje formal indispensável no meu trabalho, adquire a mesma função do papel alumínio que envolve a salsicha na grelha.
Seria o caso de institucionalizar o home office até que fôssemos todos vacinados? Não, quando se pode abrir janelas basculantes tão apertadas que um fio de vento não consegue passar sem emitir um assovio. E seguimos negligenciando o distanciamento social pela retomada de uma economia que jamais tomará outro rumo senão ladeira abaixo. Ou haveria destino melhor a uma economia que propõe a taxação de livros?
Se ao menos eu pudesse ficar em casa para sempre. Mas, quando não é o trabalho, vem este solão, o feriado, o final de semana. Sim, minha caríssima Tais Civitarese, já é verão no país da pandemia.
Eu vi a fotografia do Wilton Jr., que mostrou a praia de Ipanema apinhada. Do alto do Arpoador, o repórter fotográfico do Estadão, que já ganhou duas vezes o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha e um prêmio Esso, mirou a multidão com a sua teleobjetiva e flagrou a vida selvagem na areia.
Meia dúzia de bolsonaristas correu na internet para tentar descredenciar o trabalho do fotojornalista. Provavelmente, por medo de terem sido flagrados de tanguinha.
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