Victória Farias
À tecnologia, muito obrigada. O avanço da ciência nos permitiu muitas coisas extraordinárias, isso é inegável.
Hoje, podemos conversar face a face com pessoas que estão a longas distâncias físicas, e não perder nenhum momento daquilo que consideramos importante.
Mas, como tudo na vida – especialmente as coisas gratuitas – tudo tem seu preço. E o da tecnologia, é cobrado em tempo.
Estava eu, em um belo dia desse verão interminável que se tornou 2019 – com o aquecimento global em plena negação – olhando as novas ferramentas que o Facebook gentilmente oferece a cada atualização.
Nas novidades várias coisas interessantes, como a inteligência artificial avançada, que sabe quais vídeos vou gostar e quanto tempo gasto assistindo a eles; até algoritmos que leem as fotos e oferecem uma descrição completa delas, caso alguma fira a política de privacidade do Facebook – política essa contestável, diga-se de passagem.
Nesse mar de novidades, uma ferramenta me chamou mais atenção. Descobri, – nem um pouco assustada – , que o aplicativo consegue analisar o tempo que é gasto nele, em diferentes dispositivos, celular ou computador.
Para a minha não surpresa, gastava quase 3 horas por dia, do meu precioso tempo – que pareço nunca ter -, passando pela linha do tempo de pessoas que eu conheço (?), e que compartilham coisas interessantes (?).
A questão, meu caro amigo, é que eu sou adepta declarada da frase: hoje não, estou sem tempo.
Embora a tecnologia tenha invadido locais que não tenha sido convida e feito coisas que ninguém pediu, espero que o próximo passo não seja espalhar por aí que sim, eu tenho tempo. O que eu não tenho, é dinheiro para gastar na cidade mais boêmia do Brasil.
Falando em moeda de troca, você poderia, encarecidamente, responder ao comentário em que eu te marquei? É um vídeo de gatinho que podemos ver juntos, cada um na sua casa. Tenho certeza você vai amar.