As vezes me sinto só.

Silvia Ribeiro As vezes me sinto só. Mas, não de uma solidão de pessoas, não é isso. Sinto solidão do que eu não encontro dentro delas. Alguns corações estão vazios de afeto e outros completamente cheios de si, no entanto lhes falta algo. Muitos se mostram espaçosos e um pouco frios, sem contar aqueles que foram fechados bruscamente e que parecem doentes. Temo não encontrar … Continuar lendo As vezes me sinto só.

O fusquinha quase imortal

Peter Rossi Essa vou contar em primeira mão. Numa roda de amigos ouvi atentamente a resenha e não poderia deixar de partilhar. Osvaldo sempre foi um apaixonado por carros. Ainda menino colecionava reportagens sobre automóveis até que foi editada a primeira revista sobre o tema, chamada “Quatro Rodas”, que acabou se transformando em verdadeira grife sobre o assunto. Salvo engano, até hoje é editada. O … Continuar lendo O fusquinha quase imortal

Climão

Taís Civitarese Em tempos de aquecimento global, venho falar sobre um outro problema climático relevante: o climão. Ele é capaz de produzir tsunamis de fúria e instaurar marés altas de paz. É capaz de derreter corações gelados e gerar um mal estar sufocante em quem merece repensar as próprias atitudes. Com o perdão da comparação esdrúxula, há que se valorizar o climão. O climão é … Continuar lendo Climão

Desculpe o mal jeito

Silvia Ribeiro Desculpe o mal jeito. Mas é que eu só sei ser assim, cheia de manias e confusões. As vezes pareço aqueles dramalhões de novela mexicana que ninguém assiste e que todo mundo conhece a história. Vou tentar ser sucinta e te dizer o que anda perturbando os meus hormônios. Acho que é esse seu jeito de menino levado misturado com gente grande, esse … Continuar lendo Desculpe o mal jeito

O cachorro do garçom

Peter Rossi Em primeiro lugar, destaco que acho a palavra garção horrorosa. Graças ao bom Deus, a corruptela do termo francês foi absorvida pela nossa língua, e hoje falamos apenas garçom. Muito mais sonoro. Não fosse isso, tenho comigo que a expressão garção era a “masculinização” da palavra garça, aquele animal, uma ave toda empertigada, parecendo sempre bem vestida, como, aliás, são os garçons. Ruim, … Continuar lendo O cachorro do garçom

Bernadete

Taís Civitarese Um amigo de minha sogra era um excelente pintor. Ele faleceu há pouco tempo após longo período de batalha contra uma doença crônica. Apesar de sua história de vida ser triste, sempre ouvi falar de seu talento.  Na juventude de minha sogra, quando se conheceram, ele pintou vários retratos dela que mais parecem fotografias a aquarela. Frequentemente os vejo nas paredes da casa … Continuar lendo Bernadete

Chega de culpa

Silvia Ribeiro Interessante como vivemos emoldurados em culpas. Parece que tentamos vestir uma capa de super-heróis que com um simples golpe de mágica tudo se resolve, e quando trombamos com essa impossibilidade enchemos os nossos ombros de culpas. Das mais rochosas até as mais levianas. Pra quem não conhece, é aquela velha companheira que vive sempre nos rondando, apontando as nossas falhas, cochichando imbecilidades aos … Continuar lendo Chega de culpa

O “homem do saco”

Luciana Sampaio Moreira Sigo pelas redes sociais, o jornalista mineiro Zê Carota, que relata com bom humor invejável a relação com a mãe, Maria Isabel, que chama carinhosamente de Turca. Como ele, eu também tenho mãe, Elma. Não falarei a idade para preservar a minha vida e não ser chamada de mentirosa nos comentários.  Entre idas e vindas, cuidados e discussões, experimento situações inusitadas como … Continuar lendo O “homem do saco”

Skank

Taís Civitarese Quando o Skank surgiu, eu devia ter 11,12 anos. Apareceram como uns meninos legais que tinham transformado a canção de Frank Sinatra, “Let me try again”, em uma gostosa música ao ritmo de reggae. Ritmo esse que, depois aprendi, era na verdade o ‘ska’. Com canções gostosas e alegres, simples de cantar, eles eram de Belo Horizonte. Pareciam uns primos da gente ou … Continuar lendo Skank

Esse destino é uma delícia

Silvia Ribeiro Depois de tantos desencontros e variados caminhos tortos, chego a um novo destino. Me parece um tanto confuso, a estrada é tortuosa, existem alguns labirintos e muitos cruzamentos. Será aqui o meu lugar? Sigo, e algumas coisas começam a fazer sentido, vejo alguns traços e eles lembram a minha silhueta. As paredes cheiram a tinta fresca e o chão parece que sabe dançar. … Continuar lendo Esse destino é uma delícia