Via Ápia: a via romana, a via da Rocinha, o livro

Sandra Belchiolina de Castro sandrabcastro@gmail.com Quando recebi a proposta de um grupo de Amigos do Livro para lermos *Via Ápia*, imaginei que o livro estava relacionado à antiga via romana. Para minha surpresa, ele está ambientado na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, sendo a Via Ápia o lugar de fluxo comercial e de moradores da localidade. E as vias se cruzam em algum … Continuar lendo Via Ápia: a via romana, a via da Rocinha, o livro

E agora José

Sandra Belchiolina sandrabcastro@gmail.com Carlos Drummond, poeta itabirano ícone da literatura nacional. Histórias são contadas na sua Itabira e conheci algumas percorrendo os “Caminhos Drummondianos” – Ponto 14 “O casarão”. Casa onde Drummond viveu e onde tudo se inicia. Eis então… E agora, José? A festa acabou, A luz apagou, O povo sumiu, A noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Esses eram os ecos … Continuar lendo E agora José

Pra onde tenha Sol É pra lá que eu vou

Sandra Belchiolina Essa é a introdução da música “O Sol”, da banda Jota Quest. A crônica de hoje poderia ser muito bem sobre viagens, mas dessa vez não. Refere-se à lembrança de uma jovem que atendi no consultório de psicanálise. A chamarei de Sol, como o personagem da sua cantiga de ninar. Ela, jovem, bonita, com seus 19 anos, chega até mim relatando sua trágica … Continuar lendo Pra onde tenha Sol É pra lá que eu vou

Lutas que valem as vidas

Ailton Krenak, da etnia que seu nome carrega, foi o primeiro indígena eleito para a Academia de Brasileira de Letras. Mineiro que desde os anos 80 ele foi um dos expoentes da causa indígena no Congresso Nacional. O escritor e filósofo é um grande divulgador da visão cosmopolita do universo que os povos originários possuem. Considera que o consumismo desenfreado, falta de respeito com o … Continuar lendo Lutas que valem as vidas

Uma vila que respira música – Cumuruxatiba

Uma crônica comporta relato além do que vivenciamos na realidade. Contudo, o que vou falar é pura realidade de uma vila. Certa manhã, acordei para fazer uma filmagem/recitação da minha poesia A terceira margem das águas. Escolhi recitá-la à beira do mar, onde o rio Barrinha deságua no oceano Atlântico – cenário perfeito para o poema. Nascer do sol, os barcos que levam os pescadores, … Continuar lendo Uma vila que respira música – Cumuruxatiba

Lugar de mulher é onde ela quiser

Abro esse texto com o título slogan que circulou/circula nas falas e redes sociais nos últimos anos. Também, a foto e imagem da bombeira atolada na lama de Brumadinho. Visão ícone desse dizer sobre a mulher: “lugar de mulher é onde ela quiser”. Escolhi algumas mulheres líderes mundiais, conforme artigo de 2018 do site Na Prática, para expressarem seus pensamentos, valores e ações que marcam … Continuar lendo Lugar de mulher é onde ela quiser

Onde Judas perdeu a bota?

Encontramos na subida de um morro, na beira do meio fio, uma bota. Sabe essas botas que qualquer usa? Bota masculina. Couro duro, resistente, mas largada. Meu amigo, falastrão, resolveu pendurá-la num poste. Fotografar e publicar em rede social com a seguinte frase: “Judas, encontramos sua bota”. Achamos a bota do Judas aqui ou acolá, como a traição e as perdas de vidas por guerras … Continuar lendo Onde Judas perdeu a bota?

Albatroz : um enigma

Boas surpresas surgem quando os olhos estão abertos para natureza. Do sussurro do mar que deu o nome a vila de pescadores no sul da Bahia – Cumuruxatiba, passa sobre minha cabeça um albatroz. Estava eu no mar ao som de: cumuru, cumuru, cumuru, assim como ele se apresentou ao índio que deu nome a localidade. O “Xatiba” faz parte da composição de origem onomatopeica … Continuar lendo Albatroz : um enigma