Um sonho meu

Rosângela Maluf Me agrada a ideia de um amor vivido gostosamente. Um amor sem cobranças, sem falsas ilusões, livre de expectativas por demais sonhadoras. Me anima a construção de uma relação de afeto, madura, baseada em trocas e confiança mútua. A responsabilidade compartilhada, o aprendizado sem pressa, estabelecido ao longo do caminho. Me encanta a possibilidade concreta de uma entrega plena, fundamentada no desejo mais puro de se doar … Continuar lendo Um sonho meu

Achaque em tempos de black friday

Essas promoções, segundo ouço testemunhos, nem sempre são tão interessantes como pretende sua divulgação. Como já superei, faz tempo, essa tentação consumista, deixei de ser vitima de comprar aquilo que não necessito. Aprendi a responder os quesitos básicos de uma eventual ida em loja. Quero? Preciso? Tenho dinheiro? E ainda resistir a tentação do cartão de crédito e outras facilidades consumistas, pois a conta mais … Continuar lendo Achaque em tempos de black friday

Rotina

Silvia Ribeiro A rotina pode se tratar de vários fatos comuns e em comum. Fico tentando encontrar uma graciosidade ou alguma palavra carinhosa pra expressar esses “amanheceres” e “anoiteceres” afoitos, que se recusam a sair do mundo de todo dia e inventar algo menos meticuloso e previsível. Tipo: Carnaval fora de epoca. Talvez seria uma boa ilustração, creio eu. Chega um certo momento do dia … Continuar lendo Rotina

Portão quase verde

Peter Rossi   Minha meninice tinha pouso num paraíso: Rua da Paz, número 168, Quintas, em Nova Lima, Minas Gerais. Uma casa grande, fazendo esquina com a rua, uma rampa danada do seu lado esquerdo, toda forrada de plantas. Não tinha muro, só cerca, daquelas cheias de folhas verdinhas. No fundo só uma telinha fraca, pra não deixar gambá e cachorro entrar. Gato entrava de … Continuar lendo Portão quase verde

Saudosismo, festivais e sonhos

Na voz de Elza Soares, a composição do Paulo Vanzolini, ganhou as ruas e palcos das nossas vidas. Isso lá pelos anos 60, nem sei se pretensa ou despretensiosamente, estimulando minha geração que vivia anos de chumbo a reagir a toda e qualquer intempérie que nosso entorno – pessoal ou coletivo – sugeria insistentemente. Fato é que, nos blocos de carnaval e rodas de samba … Continuar lendo Saudosismo, festivais e sonhos

Perdas e danos

Silvia Ribeiro Depois de algumas perdas percebo que vamos nos embrutecendo. Deixamos de resgatar as nossas forças e acreditamos numa provável sensação de congelamento, incrivelmente compatível com a história que estamos vivendo. Tem dias que o coração fala assim: você está predestinado à dor. E ele fala como se fosse o senhor de todas as feridas e de todas as cicatrizes, comungando das suas inveteradas … Continuar lendo Perdas e danos

Quem é você?

Aquela foto no porta retratos me olha. Um olhar intenso! Em preto & branco como se perguntasse em quem me tornei depois de tantos anos. Olho para aquele rostinho ligeiramente sorridente. Um rostinho bonito, parecendo feliz, ar de calmaria.  Pouco questionador, na foto. Não parece querer saber muita coisa. Mas tem várias perguntas pra mim. Com meu olhar de adulto inquieto, pergunto-me quais poderiam ser … Continuar lendo Quem é você?