Peter Rossi   Em primeiro lugar, destaco que acho a palavra garção horrorosa. Graças ao bom Deus, a corruptela do termo francês foi absorvida pela nossa língua, e hoje falamos apenas garçom. Muito mais sonoro. Não fosse isso, tenho comigo que a expressão garção era a “masculinização” da palavra garça, aquele animal, uma ave toda empertigada, parecendo sempre bem vestida, como, aliás, são os garçons. … Continuar lendo

História de amor

Luciana Sampaio Moreira   Uma vez namorador, sempre namorador. Vida boa é pular de galho em galho e viver muitas aventuras! Só que apareceu uma candidata que não dava para passar para frente. E ele embarcou no relacionamento. Usou todas as técnicas do seu portfólio de sedução, revisitou os cases de sucesso de conquista que conhecia para manter a pretendente por perto. Foi na casa … Continuar lendo História de amor

E o inferno sinaliza voltar

Não, a referência em nada tem relação com o capeta, tão temido por cidadãos que se auto proclamam do bem. O trânsito infernal de Belo Horizonte, que além de mal gerenciado – com as agravantes dos motoqueiros e gente distraída – já anuncia a chegada de fevereiro com a volta das aulas e a invenção do diabo que Deus abençoou. O carnaval, esse sim, que … Continuar lendo E o inferno sinaliza voltar

Conversa na varanda

Rosângela Maluf   Tenho prá mim que acabou Tamém acho… Falei com ela, dá certo não Pois é… Tá triste de dá dó Intão… Vai miorá Vai  sim ……………………………………………………… – Tá fechada no quarto? Vi não… Acho que tá chorando É natural… Fico com pena Fazer o quê… ……………………………………………………. – Mãe, vem cá Essa toáia aqui, vou deixá Renda branca, coisa fina Buniteza, óia só … Continuar lendo Conversa na varanda

Trabalho em conjunto

Peter Rossi   Dinho não era um morador de rua, como tantos outros. A condição em si soa até repugnante, mas a veracidade do que representa é um soco na boca do estômago de todos nós. Deveria ser proibido morar na rua, dormir ao relento, sem mínimo conforto. Como certa vez disse o compositor baiano “gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”. Dormir … Continuar lendo Trabalho em conjunto

Ano novo, vida nova

Luciana Sampaio Moreira Será mesmo que a vida muda quando chega a meia noite do dia 31 de dezembro? Eu acho que não. Passando os festejos e os efeitos dos excessos cometidos, tudo volta ao normal, ou seja, segue o curso. Uma parcela da população aproveita as férias de janeiro enquanto outra, que descansará em outros meses, continua na labuta de sempre. Nos tempos atuais, … Continuar lendo Ano novo, vida nova

Aprendendo a fluir

  Daniela Mata Machado   “A velhice é um naufrágio.” (Charles de Gaulle)   Em quatro dias eu vou completar 50 anos de idade e estou aqui, diante de uma tela branca, sem saber absolutamente nada do que quero, posso ou consigo escrever. Acho bonito esse olhar esperançoso da minha geração sobre os dias vindouros, como se a velhice pudesse ser uma nova adolescência, mas … Continuar lendo Aprendendo a fluir

Pinta e borda

Silvia Ribeiro Já ouvi dizer que quando o amor acontece muitas vezes ele chega em tom ameaçador, e rouba os nossos instintos de discernimento. E tudo aquilo que teoricamente sabemos jogamos pra debaixo do tapete. É como se fosse um vendaval de inseguranças nos despenteando e tirando o nosso ar. Isso me parece perdoável já que estamos falando da singeleza de um sentimento enigmático e … Continuar lendo Pinta e borda