Em nada tem relação com a anunciada trilogia (1992/1993), que até hoje (2024) espera o terceiro filme que está tem décadas “próximo de acontecer”. E, nesse caso da produção cinematográfica, não podemos responsabilizar a pandemia por tanta protelação. “Chegará em breve”, já lemos e ouvimos tem beirando três décadas sobre essa versão três. Eu tinha metade da idade atual.
Refiro a mudanças que a vida nos sugere e acaba por impor a cada um de nós. Tenho experimentado várias, parte por opções pessoais e outra parcela sugestão dos acontecimentos. Gosto muito de cinema, diria que prefiro mil vezes mais assistir a um filme na telona, que na confortável sala de casa. Lá fico por conta da fita, sem direito a cafezinho ou ir ao banheiro, situação que – via de regra – quebra a continuidade. Cansei de parar e não retornar.
Na sala, com horário e sem direito a clicar no pause, vou até o final. Tenho algumas neuras. Prefiro filmes com uma hora e meia ou no máximo uma hora e quarenta de duração. Detesto longas, a bunda no assento dá câimbra. A exemplo de livros, prefiro aqueles que se limitam a 150 páginas. Imagina, livros de 500 ou mais páginas e filmes de três horas de duração. Um horror! Mas no cinema, ainda arrisco. Já os livros… bato de um lado e do outro e digo “tu não me pegas”.
Refiro, na reflexão de hoje, ao fato de estar experimentando tantas mudanças de hábitos na fase atual de vida. Uma delas, constatando e até vitimizado, percebo que menos pessoas estão indo ver filme nas telonas. Sem qualquer pesquisa sobre isso, é percepção pessoal, me parece que a pandemia, ao trancar todos em casa, sugeriu ver filmes na própria sala. Ainda resisto, porém, talvez em consequência disso, menos amigas/os se dispõe a ir ver uma fita comigo.
Ver um filme sozinho é terrível, pois – como no futebol – o bom e agradável é sair e conversar sobre a história numa cafeteria. Com isso, até tenho ido menos que outrora. No caso de jogo do meu time, que mencionei, mais que isso eu gosto de ir bem cedinho e voltar depois do apito final, desfrutando de uma boa resenha. Antes e depois da partida isso é fundamental, melhor ainda quando nosso time vence. Dessa situação não posso queixar, segue tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Por fim, nessa fase sexagenária – quase já septuagenária – meus princípios e crenças em nada mudaram. Mas, talvez para algum mal entendedor, me tornei mais contido e reservado. Como nunca tive a pretensão em mudar o livre pensar de cada pessoa, me fechei em abrir espaço aos que ainda insistem comigo na via contrária. Ando muito pela cidade e, via de regra, faço minhas paradas pelo trajeto na minha disfarçada solidão. Dias atrás, uma pessoa me perguntou qual a razão de eu estar tão triste. Achei muita graça, pois a opção de ficar bem comigo mesmo – sobretudo quando se aproxima alguém que quero distância – incomoda a quem nada me acrescenta. Sigamos!
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Oi, Dudu. Como está essa força? Sua expectativa para um terceiro filme da trilogia "Mudança de Hábito" dificilmente irá acontecer. A "irmã" Whoopi Goldberg, de soberba atuação nos dois filmes já lançados, envelheceu e a personagem provavelmente não fará o mesmo sucesso. Mas no início dos anos 2000 ela merecia estar em uma terceira versão. Abs.
Uai, vamos amigo. Grande Sertão Veredas está aí, rsrsrs