Se tem algo que não aprendi, embora estímulos não me tenham faltado, foi ser dissimulado nas relações e situações que a vida me proporciona a cada novo instante. Me divirto com fatos inusitados que me ocorrem, tanto agradáveis quanto desagradáveis — e desses sempre tiro grande proveito para futuros embates. Coleciono dez cirurgias, ao longo da existência, e não quero chegar a 11ª, embora muito me agrade o número 13. De Galo, afoitos difamadores da minha vida pessoal, que associam o número a partido político.
Digo isso, pois de cada novo procedimento médico feito, saio fortalecido e me cuidando para retornar a normalidade. Só de tumores, cânceres mesmo, foram dois. O primeiro, no intestino, recentemente — depois de seis anos — recebi da médica a garantia do afastamento do risco de recidiva. O outro, intimamente mais delicado, da próstata ainda na fase de vigília. Embora a correção que devolve a alegria já feita e efetivamente comprovada e aprovada. Some-se a isso quatro parafusos na coluna, estreitamento de esôfago e outros. Nada me abala e sigo, como disse uma professora dos meus tempos de escola primária, o mesmo Eduardo dos tempos da infância. Irreverência, só a partir da adolescência, em reação a bullying sofrido e ignorado pelo colégio salesiano.
Tivesse eu dado importância ao que disseram e ainda dizem a meu respeito, não haveria divã para me tolerar. Quando adotei deixar os julgadores que não se olham no espelho bem atrás do meu retrovisor, encontrei o melhor caminho para viver em paz e numa permanente felicidade. Comigo e com quem eu gosto. Assim como no futebol, minha paixão assumida pelo Galo não passa despercebida, ignoro adversários e provocadores. No meu dito entorno, esse tipo de gente atua com desenvoltura e — também como no futebol — tomo conhecimento por terceiros. E sugiro a quem me traz a informação ignorar essas asneiras e até rezar, por sinal algo que esse tipo de gente se vale para esconder sua tara e máscara reacionária.
Tem, entre esses, os que chamo de fake cristãos e pobres de classe rica. Eu sou assalariado de classe média, me caracterizo pela resistência desde os tempos de adolescência e primeiro curso (Direito) tendo me aperfeiçoado no outro (Jornalismo). Sou avaliado, por gente que se acha de uma inteligência ignorável e consequentemente ignorada por tanta e tamanha ignorância (esse redizer foi proposital), dizendo que sou petista e até comunista. Isso só por eu não gostar e não apoiar o bolsolóide que existe dentro de tanta imbecilidade. Ah! São fascistas e reacionários, travestidos de conservadores, que democraticamente defendem a ditadura. Agregue-se a isso, uma perceptível dificuldade cognitiva. Debilidade, para facilitar o entendimento dessa gente.
Não sou nenhuma das duas opções. Nem petista, que tenho consideráveis e fundamentadas críticas, até por sua verossimilhança com os bolsomínios; tampouco comunista, que exige muita disciplina, leitura e estudo, o que passam distante desse utópico cidadão que só busca felicidade e justiça social. Conheço uma idosa, como eu, que aprendeu a escrever com a IA, mas não consegue interpretar o “seu” texto que lhe causa orgasmo ao ler o que não redigiu. Assim são essas pessoas que — infelizes — se satisfazem em acreditar superior a negros, gays, índios e toda condição que lhe sugere “misturar com essa gentinha”. Preconceituosos e verdadeiros sofredores. Diferente de nós, que nos ocupamos e engrandecemos como gente e filhos — realmente — de Deus, pois seguimos o que Ele nos deixou de legado.
Pois bem, quando digo que me divirto com situações que aparentemente sugerem reagir negativamente, conto duas passagens vivenciadas na última semana. Antecipo que, diferente das duas pessoas que estavam comigo, achei deliciosos os dois similares fatos. Percebi nelas um certo constrangimento. Uma amiga recente, dos cafezinhos que curto tanto, me convida para assistir uma apresentação da Filarmônica. Acostumado a arquibancada de estádio de futebol, me comportei bem, lá tem o momento até para aplaudir. Mas, ao nosso lado, um senhor conhecido da minha anfitriã sinaliza a ela e pergunta “é seu pai?”. Nem percebi, depois ela — cuidadosamente — me reportou. Dias depois, no domingo (anteontem), vou almoçar com minha filha mais nova de 20 anos. Apareceu um Atleticano, que me identificou pelas lives que faço e o blog que assino, entusiasmado com o momento do nosso time. Ao se despedir, perguntou: “sua neta?” Ah! Fosse com qualquer dessas/es detratores da minha pessoa, sei exatamente qual seria a reação. É a nossa diferença.
Por fim, para não encher o saco daqueles que têm paciência de semanalmente ler meus devaneios, afirmo — sem medo de errar — sobre o perfil dessa gente. Infelizes. Se acham superiores, pois a única coisa que — alguns — tem a mais é sua condição econômica. Alguns, pois muitos deles vivem numa verdadeira ilha da fantasia. Outros dentro de uma recomendável e acomodada bolha. Esse tipo de gente, que um dia vai acertar as contas na eternidade, acha que tachar de petista e comunista faz parte do julgo (próprio de quem sofre de crise existencial) que não lhes é conferido. No entanto, se omitem quando moleques/marginais (bandidos de classe rica) queimam e se divertem assassinando moradores de rua e indígenas. Riem desse tipo de sujeito improdutivo dar uma surra em gay ou ameaçar idoso. Louvam a evolução genética do boi, sem perceber a involução da manada hereditária que segue o mesmo berrante. Fico do meu lado, sem dissimulação, honrando e praticando os ensinamentos do verdadeiro Deus e seu filho Jesus Cristo. Louvados, cinicamente, por esse tipo de gente.
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Muito prazeroso ler esse texto.
Obrigado!
Alma jovem, anda em companhia (também) de jovens.
Pode ter até nostalgia de boas coisas de antigamente, mas não se tornou reacionário.
Parabéns.
Bravo, Eduardo!!! Siga em frente com a certeza de que seu time de amigos é admiradores estarão sempre a seu lado. Você dá de goleada nessa gente que nasceu de mal com a vida. Força sempre. Deus e Nossa Senhora Aparecida sempre no comando. Grande abraço. E dá-lhe GALO!!!