Tadeu Duarte
tadeu.ufmg@gmail.com
Sou de uma antiga época em que se abria os jornais pela manhã. Não sei o porquê, mas naquelas páginas de papel o mundo cão me parecia mais tranquilo, mais favorável.
Sempre achei interessante as manchetes jornalísticas. Olhando com atenção, ali se nota as artimanhas da escolha do editor, selecionando onde dar ou não ênfase e, até mesmo, a opinião velada ou indisfarçada daquele veículo de comunicação.
A realidade delirante brasileira empurra diariamente o jornalismo para a produção de manchetes saborosas, que acabam por desnudar quem hoje somos e a emergência do nosso futuro distópico: um latifúndio oligopolizado, caminhando a passos largos para se transformar em uma república fundamentalista evangélica.
Até pouco tempo atrás no slogan publicitário de nação poderia ser Brasil: Suvaco Molhado, & Confusão.
Pós Macedos, Valadosos e Malafaias, logo logo seremos rebatizados como Nação do Senhor Jesus: Agrotóxico, Dízimo & Moralismo.
E resto do mundo não fica pra trás. O aquecimento global e o extremismo de direita transformará o antigo planeta azul em uma bola de fogo fascista.
Enquanto o fim não chega, só nos resta rir e chorar com o humor tragicômico das manchetes do nosso dia a dia…
Bilionários com menos de 30 anos são todos herdeiros, diz pesquisa
Após Americanas, Lemann diz que fracassos são oportunidades para se fazer melhor (sem citar o caso Americanas, o empresário afirmou que busca diversidade de histórias, perfis e formações. “Ética é nosso valor não negociável.”)
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Gilmar para Moro: “Você e Dallagnol roubavam galinha juntos”
*esse titulo é tão bom que eu, como editor, escolhi dar ênfase na sequência do texto dessa deliciosa matéria de fofoca:
Em conversa com Gilmar Mendes, Moro rifou Deltan Dallagnol e Marcelo Bretas e disse que nunca fez ataques ao Supremo.
“Você e Dallagnol roubavam galinha juntos. Não me diga que não, Sérgio, disse Gilmar, que a todo o momento foi tratado de “ministro” e “senhor” por Moro, a quem preferia responder simplesmente por “Sérgio” e “você”.
“Tudo que a Vaza Jato revelou, eu já sabia que você e Dallagnol faziam. Vocês combinavam o que estaria nas peças. Não venha me dizer que não”, continuou Gilmar…
Batoré de Toga ouviu na lata o que nunca imaginou. De cara quente com a bofetada moral, lembrou do bordão de Alvarenga, personagem de Jô Soares em Viva o Gordo: “Fica vermelha, cara sem vergonha!”
Só mesmo o Gilmar Mendes pra lançar esse petardo, de supremo deboche, ao ex herói de nossa classe média ranheta e delirante.
Aproveito o ensejo pra também dizer nunca o imaginei a um ministro do STF: Permissa máxima vênia, excelentíssimo Ministro Gilmar Mendes: EU TE AMO!