Silvia Ribeiro
Tenho um metro e sei lá mais um tiquinho, um gênio forte, e uma personalidade arredia.
Já me disseram que eu tenho o nariz em pé, (e ele é mesmo). Pelo menos fisicamente.
Tenho uma bravura enjaulada que as vezes assusta, um andar autoritário demais, uma autoestima que se dá bem com o espelho, e uma intimidade de poucos amigos.
Mas o meu coração…
Ah! Esse não me pertence.
Se esparrama com facilidade, tem uma generosidade à flor da pele, um toque macio, e é empata por decisão própria.
Não carrega consigo além do necessário, nem tem dores de estimação. Se refaz com a ligeireza do tempo, e não costuma resistir a bom cafuné.
O danado é manhoso que só vendo. Ou melhor, só sentindo.
Tem uma enormidade organizada e bem catalogada, uma receptividade ímpar, e um querer bem distribuído. Seu senso de reciprocidade fala sem parar, e quando não se sente prestigiado sai de fininho.
Os visitantes que passam por ele são devidamente selecionados, e gostam de fazer parte dessa tribo meio doida.
Embora já tenha acontecido alguns casos que saíram fora do script, não se melindra e se inspira nos grandes poetas e no estilo leve de ser. Tem sempre um chazinho quente na chaleira.
Não se dá bem com sentimentos relâmpagos, e nem com despedidas. No entanto, consegue fazer as malas em tempo hábil caso lhe pareça necessário. É um colecionador de boas lembranças e um bom lugar pra visitar.
Talvez ele seja o melhor empreendedor de emoções que eu conheça.
Pra quem passou por ele e não o sentiu.
Muito prazer!
Eu e ele somos um só.
São poucas pessoas que conseguem falar com o coração como você, as vezes se expõe a ponto de mostrar os caminhos que nos leva a Ele.
Obrigada!
Liiiiiiiindoooo D+++++++++….
Parabéns
Sensacional este texto
Como sempre você faz