Certa ocasião, nunca me saiu da memória, ouvi de pessoa muito estimada que depois dos 40 anos a gente não muda mais. Fiquei preocupado, estava me aproximando dessa idade, como se tivesse de decidir uma série de contradições pessoais antes de bater na casa das quatro décadas. Pois cheguei nesse prazo, já avancei mais de metade de nova contagem, me surpreendendo – sistematicamente – com decisões divergentes de até então adotadas.
E são muitas, acredito que já revi vários conceitos e tomadas de decisão, exceto a do time do meu coração. Quer dizer, mudei sim, nunca omiti que na primeira infância – seguindo meu pai eu dizia torcer para o time que atualmente mais resisto -, um tal rubro-negro carioca. Atraído por um saudoso cunhado, fui apresentado ao Galo, onde sigo tem mais de meio século. Tirante isso, aqui vou vivendo e revendo muita coisa na minha vida.
Recentemente (creio que tem em torno de três anos), até postei aqui neste espaço, abandonei o uso de carro e passei a utilizar do transporte público oferecido. Táxi, depois aderindo a onda do aplicativo, até aprender a transitar de ônibus urbano. Desde novembro passado, pela idade, gratuitamente circulei por Belo Horizonte. Trajetos curtos, diariamente – casa/trabalho/casa – até mais longos que me levaram ao Mineirão. Foi uma boa experiência, apesar de numa viagem ter tomado um inesquecível tombo pela alta velocidade empreendida por uma motorista mal-humorada.
Por razões outras e diversas, sem deixar de considerara esse episódio, fui amadurecendo e voltei a enfrentar o horroroso trânsito de Belo Horizonte. Estou nos primeiros dias, com um delicioso carro de passeio 1.0, que me leva para onde quero sem depender das longas esperas que já tinha me habituado. Daqui um tempinho, vou mudar de bairro, depois de quase três décadas no mesmo lugar. E isso me estimula a viver, enfrentando com relativo humor, eventuais contragostos ao meu entorno.
Em síntese, buscar qualidade de vida, ajustando ao que melhor nos aprouver. As vezes vejo coisas que me incomodam, mas já percebi que estou aqui para curtir tudo que a vida pode me proporcionar, sem qualquer intenção de ser palmatória do mundo. Já superei isso, até no tema futebol, quero ver o meu time bem. Isso não significa que eventuais e transitórios rivais seja exterminados. Que seria sem eles? A vida ficaria sem graça. Mesmo na questão política, que é um tanto mais séria, procuro ignorar provocações. Ainda que alguns chatos sejam insistentes.
E isso não se aplica tão e somente em divergências pessoais sobre escolhas. No domingo, no meu processo de ressocialização pós pandemia, fui lá eu para o evento “Made in Minas Gerais 2023”, no coração da Savassi. Gratuito, bastando tão e apenas, adquirir o ingresso/passaporte pela internet. Super bem organizado, com portaria e divisórias de segurança, movimentou todo o domingo de quem compareceu naquela feira culinária.
Pois teve, acreditem, gente que – por preguiça, comodismo ou estilo de vida – entrasse no ambiente interno empurrando as divisórias sem passar pela portaria. O controle de acessos é importante e até fundamental para os próximos eventos. Tempos atrás, acredito, que me transformaria em segurança e impediria esses fura filas de entrar no ambiente. Infelizes, entraram assim onde nem é cobrado, pela satisfação inerente a esse tipo de gente. Levar vantagem. É um perfil de pessoa que circula próximo a nós. Tristeza! Prefiro buscar a Felicidade!
Bom dia meu amiGALO !!! E que esta busca da felicidade a encontre hoje em uma vitoria do nosso Galooooooooooooo
É isso aí Eduardo, mudar de opinião, rever conceitos, sair do lugar é o que alimenta a vida! Boa reflexão! Abraço.
Divirta-se! É mais tarde do que você pensa! Abraços, mesmo atrasado, blogueiro!