Luciana Sampaio Moreira
A constatação de que o povo brasileiro votou mal para deputados e senadores é evidente, com a reeleição dos piores representantes da extrema direita nacional. Os novatos causam náuseas e risos. Menos produtivo e ideológico ao extremo, o parlamento nacional parece que perdeu o rumo. Ao invés de projetos de lei que possam trazer melhorias para a sociedade, o que se vê aos montes é uma disputa por narrativas. Quanto despreparo e falta de seriedade!
O pior é saber que eu sustento esse tipo de conduta infantil e irresponsável. Mas não é só isso. Em termos de aberrações, tem coisa pior. Qual é o objetivo do governo mineiro ao conceder ao ex-juiz Sérgio Moro a Grande Medalha da Inconfidência? O agraciado, hoje senador da República e com prisão pedida pela Procuradoria Geral da República (PGR) é aquele que conseguiu a façanha de perder sua carreira na magistratura por ser parcial, foi ex-ministro da gestão que ajudou a eleger e tinha planos de se tornar o eterno justiceiro do país, como se essa figura existisse na prática.
Fiquei imaginando o que poderia justificar tal atitude, mas depois de ver o discurso do empresário político Romeu Zema (Novo), que acaba de conseguir um reajuste salarial com ganho real acima de 100%, cogito a hipótese de que ele esteja tentando acabar com a importância da celebração e da comenda criada em 1952 por Juscelino Kubitscheck para reconhecer pessoas pela notoriedade do saber, cultura e relevantes serviços à coletividade. Em qual desses quesitos o “senador” se encaixa?
Por mais que tente, não consigo compreender como ocorre, em Minas Gerais, a disputa por um legado político que em nada contribuiu para o desenvolvimento do país e que, para o povo trabalhador, foi catastrófico em todos os sentidos. A começar pela tal Reforma Trabalhista de Temer, que precarizou ao extremo as relações de trabalho. Como o Zema sempre foi chefe, não conhece essa realidade… Para ele, o que vale são os interesses dos seus iguais.
E desde já aposto que, com base na narrativa do governo do Estado nas redes sociais, sobre Tiradentes ter sido um criminoso confesso, adianto a minha aposta de grande homenageado em 2024, um representante da família real portuguesa. Em tempos de tamanha distopia, vai ser um “espetáculo” ver o ex-colonizador recebendo a Medalha da Inconfidência.
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