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Bate e volta em Dubai

Wander Aguiar

Talvez eu nunca mais consiga tal proeza, mas sim, meus queridos leitores, eu quase fui só jantar em Dubai num bate e volta de pouco mais de 30 horas!

Viciado em viagem que sou, recebia todos os alertas possíveis de bugs e promoções, até que de repente, num final de tarde vejo uma chamada do tipo: “Corre, emissão para Buenos Aires com conexão em Dubai e retorno de executiva da Emirates.”.

Aquilo era demais pra mim, imagina voar no A380, o maior avião de passageiros do mundo, numa das melhores companhias aéreas do mundo, jantar numa das cidades mais hypes do mundo, ter um motorista particular pra me buscar no restaurante e me levar para o aeroporto, voltar numa das melhores executivas do mundo, tudo isso por 17.000 milhas? Parecia um sonho… E infelizmente foi…

Tão logo eu vi a chamada o coração disparou, tremedeira e suor (não estou brincando). Entrei no site e visualizei as datas, selecionei e comprei. Aquele seria o meu momento!

Achei de fato que o meu ticket não seria emitido uma vez que aquela viagem não fazia sentido nenhum, nem pelo trecho SP – Dubai – Rio – Buenos Aires, nem pelo valor de 17.000 milhas, o equivalente aproximado a R$380,00, mas por incrível que pareça recebi o bilhete e a euforia e empolgação tomou conta do meu ser.

Com a certeza que eu iria, precisava organizar minha ida para São Paulo e minha volta do Rio de Janeiro, afinal de contas eu não iria para Buenos Aires e só queria fazer um bate e volta em Dubai.

Passagens compradas, partiu viver o sonho… O que eu não contava é que semanas antes da viagem receberia a triste notícia de que meu voo havia sido alterado e o trecho de Dubai tinha sido tirado da rota.

Naquele triste momento meu sonho se desfez, mas não desisti e lutei: liguei na companhia, disse que queria o trecho original, que aceitava trocar a data mas não aceitava mudança no que eu havia comprado. Todas as tentativas foram frustradas.

Não desisti novamente e por fim, com ajuda de uma grande amiga, ajuizei uma ação contra a Smiles pedindo para manter o voo.

A juíza indeferiu meu pedido alegando que a companhia já poderia ter vendido a passagem para outra pessoa, mas pelos danos morais causados pela empresa, arbitrou uma condenação de R$5.000,00 e com essa grana fui passar um réveillon em Paris com ameaça de ataque terrorista, mas essa história fica para outro dia! Não jantei mas levei!

 

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