Indígena Tobá (Brasil) fotografada por Marc Ferrez, 1876.
De novo, as palavras. O nome das coisas. Tem gente que acha que é mi-mi-mi o nome das coisas. Acha que qualquer palavra serve. Mas quando a gente quer dizer é preciso especificidade para escolher a palavra certa.
Porque não só preciso dizer. É preciso comunicar e ser compreendido.
Hoje, 19 de abril, a gente comemora o dia dos povos indígenas, o dia que nos foi ensinado na escola como “dia do índio”. O nome foi modificado no ano passado, no dia 8 de julho, após longa tramitação no Congresso.
Então hoje é a primeira comemoração oficial da data. Motivo de celebração e de luta.
A mudança foi importante para representar a toda diversidade cultural dos povos originários do Brasil, na tentativa de superar o viés preconceituoso, desrespeitoso e estereotipado que a visão colonizadora nos impôs sobre os indígenas que ocupavam a nossa terra na época do descobrimento do Brasil, ops, da invasão do Brasil pelos europeus.
A mudança do nome é importante para enaltecer cultura indígena na formação do nosso país, na preservação da honra e da memória das nossas origens, para defender e proteger populações historicamente desterritorializadas e expropriadas de suas próprias culturas, crenças e línguas.
A mudança do nome é importante para ressaltar identidades e superar pilares de dominação, escravidão e racismo sobre as quais se construiu nossa violenta e predatória história. E as ameaças não se localizam apenas no passado. Estão aí as recentes discussões sobre o marco temporal que nos mostram que é preciso sempre resistir e lutar.
Há registros de que as taxas de suicídio na população indígena sejam quase o triplo que a média nacional, efeitos da desterritorialização e do desrenraizamento.
Mudar o nome não muda essa realidade, mas é o início do caminho para conseguir, de alguma maneira, transformá-la.
Fonte:
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