Silvia Ribeiro
Sou atrevida.
Sempre fui assim e acredito que isso veio comigo dentro do manto.
Mas apesar desse meu jeito “atrevida”, gosto de me visitar, de estar com os meus livros, com os meus CDs, e principalmente de sentir a minha solitude acariciando os meus momentos de reclusão. Sou muito boa companhia.
Me divirto sentindo esse vazio e ainda assim consigo ser intensa e completa, sem precisar de metades ou migalhas de quem quer que seja. Me entendo com o meu silêncio e prefiro estar agraciada das minhas inteirezas do que sair por aí me empanturrando de gente vazia, conversas que não se sustentam, e essas chorumelas cotidianas.
Tenho dificuldades em lidar com sentimentos abrasivos, risos cheios de enganos, intenções camufladas e principalmente atitudes à base de troca ou visando apenas um interesse próprio. Essas conquistas que usam artifícios fantasiados e que morrem logo no primeiro minuto do dia de cinzas me encabulam.
Tenho um olhar que se refaz com facilidade e uma inocência gostosa que não brinca de sentimentos e que vive o hoje de maneira diferente e extrovertida.
O meu salto aprendeu a dançar em meio as pedras do caminho e por ironia do destino tenho aprendido de uma maneira torta ter um final feliz dentro de mim, deixando de lado a ânsia de querer procurar defeitos nas histórias que não tiveram um amanhã e nem deixaram um adeus elegante.
Esse é o meu jeito.
E posso falar? Tem gente que gosta.
Está só não quer dizer que está solitário, carente e, sim uma opção saudável, boa e bastante proveitosa.
Exatamente!
E Silvia brincar com sentimentos dos outros não e legal e você tem toda razão. Parabéns gostei muito!
Obrigada!
Excelente …………
Obrigada!