Uma parada obrigatória

Eduardo de Ávila

Quem visita Araxá ou passa pela BR 262, seja com destino a Uberaba ou pela BR 452 para Uberlândia, tem naquele trevo uma imperdível atração histórica e turística nos primeiros metros do acesso à cidade de Dona Beja. Trata-se do Memorial Rio Branco, inaugurado desde 2015, onde estão expostos modelos de carros e caminhões antigos, bicicletas e motos igualmente utilizadas no passado e até bombas de abastecimento de cem anos vividos.

A cidade de Araxá, por sinal minha terra natal, tem seu nome de origem indígena que significa lugar alto onde primeiro se vê o sol. Em seus já 157 anos, tem destaque em sua história a presença forte da cortesã Beja, que encantava os homens e enfurecia as senhoras da sociedade. Esse é outro assunto, que merece mais espaço. Entre suas atrações e encantos aos moradores e turistas, destacam as águas medicinais, o Grande Hotel do Barreiro e uma série e eventos no calendário como fliaraxá, literário; de carros antigos; copa internacional de mountain bike; exposições e tantos outros.

Mas, na mesma linha do encontro de carros antigos, que já é tradicional na cidade e a exemplo de outras exposições e museus – como o de Tiradentes no caminho do Bichinho – pode se ver uma interessante coleção de automóveis antigos. Nesse de Araxá, ainda embrionário (sete anos) e que promete ser uma referência nacional do ramo, já podemos curtir muito da história automobilística nacional e até dos tempos de automóveis importados do século e milênio passados.

A intenção de seus idealizadores, vai desde preservar e mostrar os veículos – automóveis, caminhões, motos e bicicletas – , até mesmo a distribuição de combustíveis. Lá estão bombas que eram utilizadas nos postos de gasolina ao longo dos tempos. De 1920 até o final dos anos 60. No local, o visitante – entrada gratuita – conta com um guia que irá prestar todas as informações sobre o já rico acervo de veículos e das bombas Wayne, Gilbarco e Bennett.

Alguns destaques presentes na exposição Memorial Rio Branco, para serem apreciados pelos visitantes. Um caminhão, marca GMC, de 1952, um clássico dos pesos pesados que se destaca por sua força e imponência. Um lendário Chevrolet Brasil, ano de 1960, com sua robustez e simplificada mecânica. Essa camionete me remete à infância, sua imagem é idêntica a que meu pai tinha e nos levava para a fazenda nas férias.

Ainda pode ser apreciado: Mercedes Benz, LP 321, seu nome de guerra na ocasião era “cara chata”. Esse caminhão transportava, em seu tanque, cinco mil litros de combustível para abastecimento na rede de postos. Para o transporte de cargas leves e agilidade, lá está também uma raridade. O belíssimo caminhão internacional, de 1925. No acervo de pesados, ainda uma Scania111S, apelidada de “jacaré”, dos anos 80; além da beleza de um Ford F100, motor V8 e fabricação nacional, de 1959. Entre os utilitários, tem bicicleta Göricke, dos anos 60; uma lambreta lendária da Honda, CB 750 Four 1974 e uma Veraneio da década de 70. Vale a pena visitar esse embrião de museu, idealizado e mantido pela rede Rio Branco de Combustíveis. Segue o endereço do Instagram do memorial, visite, siga e curta: @memorialriobranco.

*fotos: Wander Rezende/Memorial Rio Branco

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4 comentários sobre “Uma parada obrigatória

  1. Parabéns Eduardo ! Sua verve jornalística aflorou sobremaneira, na bela reportando Memorial Rio Branco! Espaço privilegiado descrito com robusta reportagem pelo estimado amigo! Bravo!!!!

  2. Teria lá o D-11000,conhecido tbm como “barriga d’água” !? Estou falando de um exemplar do “fenemê”, caminhão da primeira fábrica de veículos brasileira, a Fábrica Nacional de Motores. Diferentão dos “brutos” americanos que circulavam nas precárias-até hj o são- estradas brasileiras esse era movido á diesel. Fabricado em 1957 ganhou este apelido por conta da porosidade do seu cabeçote em alumínio deixar vazar o líquido de arrefecimento p o cárter contaminando o óleo do motor daí a fundir o motor era um passo. Foi muito utilizado na construção da Capital Federal e carregou seu slogan por muito tempo: Montanha comigo é festa.
    Bacana existir esse tipo de local,fazem a gente voltar no tempo e isso é “bão” demais.
    Abs meu amigo temporão!

  3. Araxá com toda certeza é uma parada obrigatória para qualquer pessoa que queira conhecer uma cidade acolhedora, que como sua própria origem diz “cidade onde primeiro se avista o sol”. O Memorial Rio Branco é um dos mais importantes pontos turísticos araxaenses. Um acervo para brilhar os olhos de qualquer um.

  4. Parabéns Eduardo! Araxá é mais Araxá com o Memorial Rio Branco. Seu texto impecável e informativo nos convida a uma visita a este espaço privilegiado!!! Aplausos!!!

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