São os sentimentos que me (re)estimulam para os próximos tempos que essa vida ainda me reserva. Depois de mais de dois mil dias de muito terror, dos governos Temer (golpista) e Bozo (o maior esgoto da política brasileira de todos os tempos), o domingo – fiquei mais tempo na TV que dezembro todo – me trouxe alento e como consequência de volta a auto estima e vontade de viver para assistir o combate à desigualdade, fome e a miséria.
Acompanho e participo já desde a adolescência, lá pelos anos 70 – passando pelas “Diretas Já” e a eleição do Tancredo com posse do Sarney – toda essa movimentação da política nacional. Sempre como cidadão preocupado com o interesse coletivo e a defesa da democracia. Por mais minúsculo e insignificante que eu seja, minha força e resistência tem lugar privilegiado nestes momentos.
Gostando, acreditando ou não em cada novo empossado. Sempre desejando que desse certo. Esse último, o fujão, nem o mais otimista previa algo assim. Um bronco, sem qualquer preparo para o exercício do cargo, o desastre era previsível. Imbecil intelectual e desprovido de princípios morais e éticos. Enfim, em todos esses momentos acompanhei posse, discursos e o significado para o momento histórico.
Já me emocionei, já tive vontade de xingar, já reagi de todas as maneiras imagináveis, mas em nenhuma delas fiquei tão focado e até mesmo eufórico com o que pude ver nessa posse. Fiquei na TV, seguramente, mais tempo no domingo que todo o mês de dezembro. O título fala em resistência, coincidentemente, o mesmo nome da cachorrinha do Lula e da Janja. Que é um dado interessante ao relacionamento deles e daqueles brasileiros da vigília durante a prisão do político condenado por um juiz tendencioso.
Se não bastasse, ao subir a rampa (aquele momento da solenidade que eleitores do candidato derrotado e fujão, asseguravam que não ia acontecer), além dela – Resistência – vários cidadãos representando a diversidade do povo brasileiro acompanharam o presidente empossado. A faixa, ato simbólico da posse, foi entregue – depois de passar em todas as mãos – por uma cidadã dessa comitiva (catadora) que a colocou no novo PR.
Os dois discursos do Presidente da República (agora de novo com maiúscula), devolvem a esperança – por isso esperançar – por dias melhores. Vai ser uma tarefa difícil. O estrago, não só de desmonte do governo, mas também das finanças – exigirão muito trabalho e sacrifício de todos. Extraindo da fala do Lula, uma delas me deixou estimulado. “Democracia para sempre”, seguida de uma série de medidas emergenciais que já começaram a ser adotadas.
Como resposta, em outro momento emocionante, o povo respondeu: “sem anistia”. E foi essa anistia a bandidos que ensejou esses últimos tempos. Quem conspirou contra a Democracia, notadamente os atores financiadores, que estimularam os patriotários a dormir no relento, serão identificados e punidos. Se queremos democracia para sempre, vale dizer, ditadura nunca mais.
E esses vagabundos não se envergonham. Depois de 60 dias de absoluta imbecilidade, agora – ouvi gente (uma senhorinha) que posa ser do bem – dizer que o Lula está muito doente e nem vai terminar o mandato. Numa rede de comunicação, não vi e soube, os tendenciosos articulistas chegaram a reclamar que faltou banqueiros e empresários na subida da rampa. Esqueceram de mencionar que faltou aqueles pastores que exploram pessoas humildes usando o nome de Deus, com a única intenção de extorquir gente em situação quase de risco. Naquele momento simbólico, lá estava sim a maioria do povo brasileiro, desde a catadora, passando pelo povo indígena, influencer digital, metalúrgico, professor, atleta e apoiadores da vigília Lula Livre.
Enfim, foi uma linda festa da Democracia que esse tipo de gente conspirou contra, ameaçou e aqueles que não mostram a cara, financiaram e instalaram relações de ódio entre pessoas da mesma família, vizinhança e trabalho. O amor venceu o ódio, assim como em 2002 a esperança triunfou sobre o medo. Agora é seguir em frente com o orgulho de ser brasileiro e esperançar por um bom governo e que a Justiça atue e enquadre aqueles que conspiraram na contramão desses princípios morais, éticos e legais. A lei é para todos! Mas tem quem não acredite nisso, por isso, “anistia não!”
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Mais uma vez, corretíssimo. Só peço que, quando vierem as algemas para o Minto, Pazzuelo, Paulinho Guedes, Ministro Sales, Ministro Ribeiro, 01, 02, 03 e 04 e muitos muitos outros apesar da imunidade conquistada, não deixem de fora o INSUPERÁVEL JUIZ Moro.
"Um bronco, sem qualquer preparo para o exercício do cargo, o desastre era previsível. Imbecil intelectual e desprovido de princípios morais e éticos".
Síntese perfeita, blogueiro, felizmente deixada no passado! Agora, desçamos do palanque e comecemos a, de fato, governar o país. Pra frente, Brasil! Eu acredito!
Realmente um bronco, sem preparo, fujão e covarde. Sem anistia. Doa a quem doer. Parabéns pela visão e pela clara exposição de fatos reais