A busca que nunca acaba

Luciana Sampaio Moreira

Qualidade é uma palavra que, sozinha, tem o mesmo significado de “intervenção federal”. Qualidade, para ser compreendida de fato, tem que ser qualificada. E eu gosto dessa ideia de ter uma boa qualidade de vida, o que não significa ter muito dinheiro sobrando na conta ou experimentar apenas a parte boa de ser uma cidadã brasileira. 

Entendo que a tal boa qualidade de vida extrapola o seu conceito mais raso, que é vendido diariamente pelas celebridades e influencers. Assim, não está diretamente relacionada ao preço dos lençóis, na beleza física e na busca incessante por mantê-la ou, ainda, no cargo conquistado com mérito próprio ou com a ajuda de uma equipe. 

A boa qualidade de vida não é um estado de perfeição, mas algo acessível a quem a deseje. Basta, no entanto, ter uma saúde mental mediana, com bom senso e noção de limites em pleno funcionamento. São esses dois atributos que impedem descontroles nas relações, nas atitudes e também no cartão de crédito, por exemplo.

São eles também que não deixam que um indivíduo fuja da realidade e passe a viver um mundo paralelo. Que troque o contato interpessoal pela “segurança” das redes sociais. Que acredite na ideia de uma liberdade suprema; que desconsidere a existência dos diferentes ou que tente parar um caminhão que tenta furar um bloqueio na estrada subindo no para-choque dianteiro, como forma de enfrentar o motorista e sua máquina potente. 

A boa qualidade de vida, nesse sentido, é um remédio poderoso que traz paz de espírito e equilíbrio para conduzir a casa, a carreira e até mesmo aquele relacionamento complicado, entre outros desafios. Se tudo começa na cabeça, pelo pensamento, é lá que deve estar a chave para tantos conflitos inúteis que são travados todos os dias e para encontrar saídas sustentáveis para aquelas situações que atrapalham qualquer sensação de bem-estar.

Olhando para trás para ver os bons exemplos, mas sempre com foco no presente, é possível alcançar os resultados satisfatórios que todos almejam, mas que poucos conseguem de fato usufruir. As coisas simples da vida podem ser uma saída. Uma caminhada, a companhia de pessoas agradáveis, ver o pôr do sol ou o amanhecer (a gosto) e a arrumação da casa podem ajudar a traçar esse caminho que está pronto para quem quiser trilhá-lo. Basta colocar a cabeça no lugar e partir!

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